O recente aumento na qualidade do trigo brasileiro, especificamente o no estado do Paraná, vem surpreendendo os analistas à medida em que os moinhos estão preferindo o brasileiro ao invés do argentino. As informações foram publicadas pelo especialista Luiz Fernando Pacheco, da T&F Consultoria Agroeconômica, em seu boletim diário.
“Muito se tem falado da qualidade do trigo desta safra, mas, é perfeitamente possível manter boa qualidade. A cooperativa Coamo é prova disto. Está embarcando nesta semana 25.700 toneladas de trigo para o Moinho Cearence, que costuma comprar trigo argentino. Não se tem outros detalhes além destes, mas o simples fato em si prova que um moinho acostumado a comprar trigo da melhor qualidade não iria substituí-lo por outro de menor qualidade”, comenta Pacheco.
De acordo com o analista, o volume é significativo e também chama a atenção, visto que a Coamo também tem moinho e não seria vantajoso descartar um volume como este se não tivesse garantido para sua moagem quantidade suficiente. “Há uma outra empresa no RS, cerealista, que está indo pelo mesmo caminho e terá os mesmos frutos – de qualidade e volume, que redundam em clientes mais satisfeitos e preços (muito) melhores”, explica.
“Cerca de 25% do trigo do RS e pelo menos metade do trigo do PR desta safra é trigo feed, cujos preços são muito inferiores aos do trigo pão. Os últimos parâmetros conhecidos são de R$ 700,00/tonelada posto sobre rodas em Rio Grande, o que daria algo ao redor de R$ 600,00, posto no interior, que seria equivalente a R$ 36,00/saca, no mercado de lotes”, finaliza.
Fonte: Agrolink
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