Brokers, produtores e cerealistas argentinos estão cautelosos ao projetar os resultados da colheita de trigo em termos de qualidade, especialmente em proteína, já que falta colher nas regiões produtoras do núcleo do cereal em Buenos Aires. Em geral, o primeiro avanço da colheita obteve níveis baixos de proteína, tanto por altos rendimentos, como por baixo nível de fertilização, informa boletim da Consultoria Trigo & Farinhas.
“Os primeiros resultados das províncias do Norte, partes de Entre Rios e Santa Fé foram de baixos níveis de proteína. Um assessor de cerealistas disse que no momento é difícil falar de qualidade de maneira objetiva, especialmente no Sul de Buenos Aires onde está praticamente a oferta exportável. No Sul os cultivos estão sem problemas sanitários ainda que seja verdade que a baixa incorporação de ureia e os altos rendimentos poderiam levar a menores níveis de proteína”, afirma a publicação, assinada pelo analista sênior da T&F, Luiz Carlos Pacheco.
“Se a Argentina não atingir os 12% de proteína, deverá ocorrer uma catástrofe com a exportação para o Brasil. Com os atuais preços FOB a Argentina é muito competitiva, mas os altos rendimentos e a baixa fertilização não ajudam. A isso há que somar que os estoques remanentes são de qualidade duvidosa, que deverão privilegiar a indústria”, conclui.
Fonte: Agrolink
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