As disponibilidades mundiais de trigo foram reduzidas em 9,3 milhões de toneladas, diante da redução da produção, que é a menor dos últimos três anos. É o que aponta o último relatório do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), divulgado nesta quinta-feira (12.07).
A T&F Consultoria Agroeconômica destaca que essa queda na produção está sendo liderada pela redução de 4,4 milhões de tons da produção da União Europeia, refletindo a seca continuada, especialmente no norte do Continente. Mas, também a Austrália, Rússia e Ucrânia reduziram as suas produções em 2,0MT, 1,5MT e 1,0MT, respectivamente, também devido à seca continuada. A China também deverá reduzir em 1,0MT sua colheita, segundo relatório do seu Ministério da Agricultura.
“As exportações globais devem ser reduzidas em 1,9 MT diante da redução das disponibilidades. As exportações da União Europeia foram reduzidas em 1,5MT e as da Austrália e Rússia, em 1,0MT/cada. Estas reduções nas exportações foram parcialmente compensadas pelo aumento de 1,0MT nas exportações do Canadá e de 0,7MT de aumento nas exportações dos EUA. O consumo total mundial para 2018/19 foi reduzido em 2,3MT, tanto para o consume humano como para o consume animal e uso residual. Com a redução das disponibilidades mundiais mais do que a redução do consumo, os estoques finais deverão ser reduzidos em 5,3 milhões de toneladas, para 260,9 MT”, explica o analista Luiz Fernando Pacheco.
DISPONIBILIDADE
A disponibilidade estimada de trigo nos Estados Unidos aumentou 2,01 milhões de toneladas em função do aumento dos estoques iniciais e de uma produção maior. A previsão para a produção de trigo americano aumentou 1,47 milhão de toneladas, de 49,74MT para 51,21MT.
“A produção de trigo durum e outros trigos de primavera cresceu em relação ao ano passado, quando atingiu volumes bem menores, devido ao aumento dos rendimentos e da área de plantio de trigo de primavera. A produção de trigo de inverno deve ser levemente menor em relação à previsão de junho último. Os estoques finais para a safra de 2018/19 aumentaram 1,06 milhão de toneladas na previsão deste mês, mas estão 11% abaixo dos estoques finais revisados do ano passado”, conclui Pacheco.
Fonte: Agrolink
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