A produção de trigo no Paraná em 2024 deve ser inferior à do ciclo anterior, de acordo com a estimativa de safra de julho do Departamento de Economia Rural (Deral). A previsão aponta para uma produção de 3,61 milhões de toneladas, uma queda de 1% em relação aos 3,64 milhões de toneladas obtidos em 2023. Em junho, a perspectiva era de uma produção de 3,81 milhões de toneladas, levemente abaixo do potencial devido à estiagem, mas ainda acima da produção de 2023. No entanto, a estiagem prolongada após o levantamento de 24 de junho limitou ainda mais o desenvolvimento das lavouras, resultando em poucos perfilhos, baixa área foliar e espigas menores que o padrão. Essa situação reduziu significativamente a produtividade das lavouras, especialmente no Norte do Paraná, com perdas estimadas em 6% do potencial inicial.
As informações foram divulgadas no Boletim de Conjuntura Agropecuária nesta quinta-feira (25) pelo Departamento de Economia Rural (Deral) referente à semana de 19 a 25 de julho.
Apesar dos indicativos de perda, a colheita ainda não começou, o que dificulta a projeção precisa do volume a ser obtido. As colhedoras devem iniciar os trabalhos no próximo mês, começando pelas áreas mais problemáticas, que enfrentaram o maior período de estiagem. A partir dos resultados dessas áreas, haverá maior confiabilidade nos números, que deverão ser ajustados no levantamento divulgado em 29 de agosto.
A área ocupada pela cultura foi revisada para 1,16 milhão de hectares, representando uma redução de 18% em relação à área colhida em 2023 (1,42 milhão de hectares).
Os demais grãos de inverno foram menos impactados pela estiagem que o trigo e ainda podem apresentar produções dentro do esperado, apesar de algumas lavouras terem sofrido pontualmente com a seca. Isso ocorre porque a concentração dessas lavouras está no Sul e Sudoeste do Paraná, regiões onde a seca não foi tão severa devido à disponibilidade hídrica de maio e às precipitações ocorridas em junho.
Fonte: Agrolink
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