A primeira identificação de ocorrência de ferrugem asiática em lavoura comercial da safra 2017/2018 foi relatada pelo Consórcio Antiferrugem, em Itaberá (SP). A identificação foi realizada por pesquisadores da Fundação ABC em lavoura semeada em setembro (estádio R3), logo após o término do vazio sanitário.
Em comparação a safra atual com a safra 2016/2017, houve um atraso na ocorrência da doença, já que na safra passada o primeiro relato da doença no Brasil foi em 11 de novembro (em estádio R2), em Taquarituba (SP).
A lavoura de Itaberá foi a primeira a ser semeada na região, por isso, a equipe da Fundação ABC monitorou a área desde a sua emergência, para servir de alerta para a região. “Apesar de terem sido observadas pústulas de ferrugem, a incidência na área é baixa”, ressalta o pesquisador da Fundação ABC, Alan Cordeiro Vaz.
Nessa mesma região, no início do vazio sanitário, a quantidade de soja voluntária (guaxa) com ferrugem era alta, mas no final do vazio sanitário, os pesquisadores da Fundação ABC observaram redução significativa na quantidade de soja guaxa. “Essa redução deve ter sido favorecida pela ocorrência de geadas na região e, principalmente, pelo período seco, especialmente setembro”, destaca Vaz.
A região de Itaberá tem ainda soja perene (leguminosa perene usada em pastagens consorciadas) que também é hospedeira do fungo Phakopsora pachyrhizi. No entanto, o pesquisador explica que a severidade nessa espécie em 2017 foi baixa em razão do tempo seco observado no início da safra.
Fonte: Agrolink
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