Pesquisadores brasileiros desenvolveram a primeira cultivar de soja do País com as tecnologias Block e Shield embarcadas, ou seja, possui resistência à ferrugem asiática da leguminosa, além disso, também há tolerância ao percevejo, considerado uma das principais pragas do setor.
De acordo com as informações divulgadas em coletiva de imprensa da Embrapa, a tecnologia foi desenvolvida em parceira entre a Embrapa e a Fundação Meridional, a BRS 539 é uma soja convencional que agrega a tecnologia Shield, linha de cultivares de soja que apresentam genes de resistência à ferrugem-asiática, oferecendo uma proteção extra para o produtor. A tecnologia não dispensa o uso de fungicidas, mas proporciona maior segurança no manejo da ferrugem da soja. A nova soja BRS 539 já está disponível para a safra 2020/2021.
'A cultivar Shield é uma ferramenta genética importante no contexto do manejo integrado. Essa tecnologia proporciona maior eficiência e segurança ao manejo químico da doença”, explica o pesquisador da Embrapa Soja Carlos Lásaro Pereira de Melo. Outro diferencial é que a BRS 539 é do portfólio da tecnologia Block, presente apenas nas cultivares Embrapa. “As cultivares BRS com essa genética ampliam a proteção da lavoura ao ataque dos percevejos que sugam as vagens e os grãos de soja, provocando perdas de qualidade e produtividade. Apesar de não dispensarem o uso de inseticidas, as cultivares Block permitem melhor convivência com os insetos no campo”, explica Melo.
Ainda conforme os dados divulgados pela Embrapa, a BRS 539 pode atrair o interesse dos produtores de soja em sistema orgânico, porque além de ser não transgênica, as características desse lançamento facilitam o manejo fitossanitário de pragas e doenças, portanto, podem reduzir o uso de químicos. Por ser uma cultivar convencional, a BRS 539 pode ser comercializada por trades brasileiras e internacionais para diferentes nichos de mercado que demandam soja não transgênica.
Fonte: Agrolink
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