A primavera começa às 10h31 desta terça-feira (22) em todo o Hemisfério Sul. Trata-se do equinócio da primavera, um ponto da órbita do nosso planeta que marca o início de uma estação do ano, neste caso a primavera. Já no Hemisfério Norte é a vez do outono. A nova estação fica até às 7h02 do dia 21 de dezembro.
A estação em que tudo se renova também marca o plantio da soja, do arroz, do feijão, do milho e muitas outras culturas no Brasil.
Em quase todo o Brasil, primavera significa aumento da chuva e do calor, mas para a maioria das áreas do Nordeste, esta é a estação do calor intenso e da seca. A porção norte da Região Norte tem pouca chuva durante grande parte da primavera. E esta estação do ano será marcada pela chegada do fenômeno La Niña, conforme já previsto.
O resfriamento das águas do Pacífico deve trazer estiagem para o país. Há expectativa de que neste ano o fenômeno seja mais curto e menos intenso, mesmo assim pode haver estiagem no Sul com poucas frentes frias. Com isso os produtores devem se prevenir para não ter perdas a exemplo da safra passada quando o Rio Grande do Sul perdeu 40% da soja.
Conforme o meteorologista Luiz Renato Lazinski setembro ainda terá frio. Nesta segunda-feira (21) ainda foram registradas geadas. Outubro será o mês de mais chuvas.
Na Região Sudeste as temperaturas devem ficar mais baixas. Chuvas mais acentuadas em outubro em São Paulo e em novembro e dezembro sobre Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo.
No Centro-Oeste a primavera chega em meio a um cenário de muita seca e queimadas até no Pantanal, tradicionalmente alagado e que está mais árido. A La Niña favorece as chuvas mas não em todos estados. As precipitações devem ocorrer com mais frequência sobre Distrito Federal, parte de Goiás e de Mato Grosso. Já em áreas do Mato Grosso do Sul e as áreas a oeste e sul de Mato Grosso a possibilidade é de tempo mais seco. Em outubro maiores volumes no MS e no Pantanal. Novembro e dezembro menos chuva e mais calor nestas regiões e chuva acima do normal no MT, GO e DF.
No Nordeste a estação será de muito calor e o fenômeno oportuniza chuvas. Região importantes como o Matopiba devem ser beneficiadas no que Lazinski aponta como “um clima muito favorável para a produção”. Em outubro a previsão é de chuvas abaixo da média na região mas com normalização em novembro. Em dezembro as chuvas devem ficar abaixo da média no Nordeste.
Finalmente no Norte haverá retorno da chuva para estados mais ao Sul da região e menos precipitações para as áreas mais ao norte. Em outubro chuvas mais regulares em estados como Acre, Amazonas, Roraima, Pará e parte do Tocantins. Em dezembro chuvas acima da média, com exceção do Centro-oeste amazonense e centro-norte do Amapá e Roraima.
Fonte: Agrolink
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