21
dez
2012
Preços elevam área plantada para a segunda safra de grãos no Paraná
As boas perspectivas do mercado de grãos deverão provocar aumento na área plantada para a segunda safra de milho, soja e feijão no Paraná. É o que aponta levantamento do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, divulgado na quinta-feira (20).
“Os indicadores de oferta, demanda e estoques mundiais apontam para a manutenção da tendência de preços elevados por pelo menos mais uma safra”, afirmou o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni. Segundo ele, os produtores têm boas perspectivas de lucros em 2013, uma vez que as condições de mercado são boas tanto para a primeira quanto para a segunda safra de grãos. Simioni diz que deverá haver um recuo nos preços dos grãos durante a fase de colheita da safra de verão, entre os meses de fevereiro e março, quando há concentração da entrada dos grãos no mercado. Mas, de acordo com ele, será apenas uma “bolha” e a tendência dos preços é seguirem firmes porque os estoques mundiais estão baixos.
O plantio de milho safrinha, que começa no início de 2013, desponta como a grande aposta do produtor paranaense na segunda safra de grãos. A previsão é de área e produção recordes, se não houver frustrações com o clima.
Segundo projeção do Deral, a área plantada com milho da segunda safra em 2013 deve atingir 2,08 milhões de hectares, o que corresponde a um aumento de 2% sobre o plantio realizado no início deste ano. A produção deve chegar a 11,4 milhões de toneladas, o maior volume em milho da segunda safra já colhido no Paraná, prevê a engenheira agrônoma Juliana Tieme Yagush.
De acordo com a técnica, além da tradição de plantar mais milho na segunda safra, a escolha este ano é influenciada pelo mercado firme, com bons preços para o grão no cenário interno e externo. Com a quebra na safra de grãos norte-americana este ano, os estoques mundiais de milho estão baixos e o Brasil vem ocupando espaço nas exportações do grão. O preço médio do milho pago ao produtor paranaense em dezembro deve ser de R$ 28,00 a saca/60 quilos – valor considerado bom e capaz de remunerar os custos de produção.
SOJA – O plantio de soja da segunda safra, ainda pequeno no Paraná, também cresce. Conforme previsão do Deral, a área plantada deve crescer 33%, passando de 61.860 hectares no inicio deste ano para 82.350 hectares, que serão plantados no início de 2013. Mantida a regularidade do clima, a produção avançará 56%, passando de 104 mil toneladas colhidas em 2012 para 162,6 mil toneladas, que poderão ser colhidas no primeiro semestre de 2013.
Segundo o economista Marcelo Garrido, do Deral, os produtores querem aproveitar o bom momento da soja, com preços em alta, em torno de R$ 68,50 a saca.
FEIJÃO – O feijão da segunda safra é outra cultura que apresenta boas perspectivas de ganhos para o produtor. O plantio começou neste mês de dezembro, com 4% da área já plantada na região de Ponta Grossa. O levantamento do Deral informa um crescimento de 2% na área plantada, que passou de 224.768 hectares na safra anterior para 230.125 hectares em 2013. A produção deve avançar de 344 mil toneladas para 427 mil toneladas.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, a tendência para o plantio de feijão da segunda safra era ainda maior por causa dos preços excelentes para o produtor, em torno de R$ 150,00 a saca. “Porém, o bom momento da soja e do milho fez o produtor recuar um pouco no plantio de feijão”, afirmou.
Mesmo assim, quem optou pelo feijão – disse o técnico – tem a expectativa de conseguir uma boa renda por causa do aumento de produtividade em muitas áreas onde predomina o cultivo tecnificado, e pelo ciclo curto da cultura, que é de apenas 90 dias. “Realizar uma venda de feijão a R$ 150,00 a saca em pouco tempo significa renda no bolso no produtor”, ressaltou.
CULTURAS DE VERÃO 2012/13 – A safra de grãos de verão 2012/13 deve atingir um volume de 22,8 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 27% em relação à safra anterior (2011/12), prejudicada pela seca prolongada ocorrida no ano passado.
Este ano o clima está mais favorável, mas existem alguns problemas pontuais, como a ocorrência de chuvas irregulares e esparsas. Segundo Marcelo Garrido, há relato de técnicos de campo apontando quebras de milho e soja. Mas ele não acredita em perdas no resultado final da safra, uma vez que eventuais perdas poderão ser compensadas pelo aumento da produtividade de grãos em outras regiões.
Simioni destaca que, de acordo com as informações de campo, o desempenho do clima neste mês de dezembro será o fiel da balança para o desenvolvimento das grandes culturas de verão, como soja, milho e feijão, que estão em fase de floração e frutificação e precisam de mais chuvas nesse período. “Mas no geral o desempenho das lavouras está melhor que no ano passado” comparou.
Segundo o diretor do Deral, aproveitando a boa fase de comercialização este ano o produtor paranaense já antecipou as vendas de 35% do volume de soja e de 13% do milho que ainda estão no campo.
A soja de verão passou por nova reavaliação de área, ocupando 4,4 milhões de hectares, com previsão de produção de 15,27 milhões de toneladas. O volume é 41% superior ao da safra anterior, prejudicada pela seca prolongada do final do ano passado e início deste ano. Apesar do bom desempenho, esse volume não é recorde, disse Garrido. Segundo o técnico, o resultado esperado está um pouco abaixo da produção recorde obtida na safra 2010/11, quando foram colhidas 15,34 milhões de toneladas de soja no Paraná.
O milho da primeira safra também está com bom desempenho e aponta para uma colheita de 7 milhões de toneladas, volume 6% acima da safra passada. Cerca de 37% das lavouras de milho estão em desenvolvimento vegetativo, 49% em floração e 23% em frutificação.
O feijão da primeira safra já está com 16% da área colhida. A previsão do Deral aponta para uma colheita de 349.537 toneladas, o mesmo volume da safra anterior. Segundo Salvador, o potencial produtivo da cultura foi reduzido em cerca de 4% por causa de fatores climáticos durante o desenvolvimento da lavoura como a falta de chuvas, ventos frios e geadas.
Apesar disso, o cenário ajuda o produtor porque o mercado mantém os preços do feijão em alta e estimula o crescimento no plantio da segunda safra, avaliou o técnico.
A colheita de trigo da safra 2012 já está encerrada com uma produção de 2,12 milhões de toneladas. Segundo o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, houve uma pequena quebra na produção, em torno de 5% em relação à previsão de safra inicial, mas o aumento na qualidade do grão e os bons preços praticados no mercado estão compensando o produtor.
A mandioca é outro produto cultivado no Paraná que passa por um bom momento na comercialização, com um aumento de 45% nos preços pagos ao produtor. No ano passado ele recebia R$ 244,00 a tonelada, e este ano está recebendo R$ 353,00 a tonelada da raiz. Segundo o economista Methódio Groxco, responsável pela cultura no Deral, o produtor de mandioca no Paraná está enfrentando um dilema que é a falta de mão de obra no campo.
“Os indicadores de oferta, demanda e estoques mundiais apontam para a manutenção da tendência de preços elevados por pelo menos mais uma safra”, afirmou o diretor do Deral, Francisco Carlos Simioni. Segundo ele, os produtores têm boas perspectivas de lucros em 2013, uma vez que as condições de mercado são boas tanto para a primeira quanto para a segunda safra de grãos. Simioni diz que deverá haver um recuo nos preços dos grãos durante a fase de colheita da safra de verão, entre os meses de fevereiro e março, quando há concentração da entrada dos grãos no mercado. Mas, de acordo com ele, será apenas uma “bolha” e a tendência dos preços é seguirem firmes porque os estoques mundiais estão baixos.
O plantio de milho safrinha, que começa no início de 2013, desponta como a grande aposta do produtor paranaense na segunda safra de grãos. A previsão é de área e produção recordes, se não houver frustrações com o clima.
Segundo projeção do Deral, a área plantada com milho da segunda safra em 2013 deve atingir 2,08 milhões de hectares, o que corresponde a um aumento de 2% sobre o plantio realizado no início deste ano. A produção deve chegar a 11,4 milhões de toneladas, o maior volume em milho da segunda safra já colhido no Paraná, prevê a engenheira agrônoma Juliana Tieme Yagush.
De acordo com a técnica, além da tradição de plantar mais milho na segunda safra, a escolha este ano é influenciada pelo mercado firme, com bons preços para o grão no cenário interno e externo. Com a quebra na safra de grãos norte-americana este ano, os estoques mundiais de milho estão baixos e o Brasil vem ocupando espaço nas exportações do grão. O preço médio do milho pago ao produtor paranaense em dezembro deve ser de R$ 28,00 a saca/60 quilos – valor considerado bom e capaz de remunerar os custos de produção.
SOJA – O plantio de soja da segunda safra, ainda pequeno no Paraná, também cresce. Conforme previsão do Deral, a área plantada deve crescer 33%, passando de 61.860 hectares no inicio deste ano para 82.350 hectares, que serão plantados no início de 2013. Mantida a regularidade do clima, a produção avançará 56%, passando de 104 mil toneladas colhidas em 2012 para 162,6 mil toneladas, que poderão ser colhidas no primeiro semestre de 2013.
Segundo o economista Marcelo Garrido, do Deral, os produtores querem aproveitar o bom momento da soja, com preços em alta, em torno de R$ 68,50 a saca.
FEIJÃO – O feijão da segunda safra é outra cultura que apresenta boas perspectivas de ganhos para o produtor. O plantio começou neste mês de dezembro, com 4% da área já plantada na região de Ponta Grossa. O levantamento do Deral informa um crescimento de 2% na área plantada, que passou de 224.768 hectares na safra anterior para 230.125 hectares em 2013. A produção deve avançar de 344 mil toneladas para 427 mil toneladas.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, a tendência para o plantio de feijão da segunda safra era ainda maior por causa dos preços excelentes para o produtor, em torno de R$ 150,00 a saca. “Porém, o bom momento da soja e do milho fez o produtor recuar um pouco no plantio de feijão”, afirmou.
Mesmo assim, quem optou pelo feijão – disse o técnico – tem a expectativa de conseguir uma boa renda por causa do aumento de produtividade em muitas áreas onde predomina o cultivo tecnificado, e pelo ciclo curto da cultura, que é de apenas 90 dias. “Realizar uma venda de feijão a R$ 150,00 a saca em pouco tempo significa renda no bolso no produtor”, ressaltou.
CULTURAS DE VERÃO 2012/13 – A safra de grãos de verão 2012/13 deve atingir um volume de 22,8 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 27% em relação à safra anterior (2011/12), prejudicada pela seca prolongada ocorrida no ano passado.
Este ano o clima está mais favorável, mas existem alguns problemas pontuais, como a ocorrência de chuvas irregulares e esparsas. Segundo Marcelo Garrido, há relato de técnicos de campo apontando quebras de milho e soja. Mas ele não acredita em perdas no resultado final da safra, uma vez que eventuais perdas poderão ser compensadas pelo aumento da produtividade de grãos em outras regiões.
Simioni destaca que, de acordo com as informações de campo, o desempenho do clima neste mês de dezembro será o fiel da balança para o desenvolvimento das grandes culturas de verão, como soja, milho e feijão, que estão em fase de floração e frutificação e precisam de mais chuvas nesse período. “Mas no geral o desempenho das lavouras está melhor que no ano passado” comparou.
Segundo o diretor do Deral, aproveitando a boa fase de comercialização este ano o produtor paranaense já antecipou as vendas de 35% do volume de soja e de 13% do milho que ainda estão no campo.
A soja de verão passou por nova reavaliação de área, ocupando 4,4 milhões de hectares, com previsão de produção de 15,27 milhões de toneladas. O volume é 41% superior ao da safra anterior, prejudicada pela seca prolongada do final do ano passado e início deste ano. Apesar do bom desempenho, esse volume não é recorde, disse Garrido. Segundo o técnico, o resultado esperado está um pouco abaixo da produção recorde obtida na safra 2010/11, quando foram colhidas 15,34 milhões de toneladas de soja no Paraná.
O milho da primeira safra também está com bom desempenho e aponta para uma colheita de 7 milhões de toneladas, volume 6% acima da safra passada. Cerca de 37% das lavouras de milho estão em desenvolvimento vegetativo, 49% em floração e 23% em frutificação.
O feijão da primeira safra já está com 16% da área colhida. A previsão do Deral aponta para uma colheita de 349.537 toneladas, o mesmo volume da safra anterior. Segundo Salvador, o potencial produtivo da cultura foi reduzido em cerca de 4% por causa de fatores climáticos durante o desenvolvimento da lavoura como a falta de chuvas, ventos frios e geadas.
Apesar disso, o cenário ajuda o produtor porque o mercado mantém os preços do feijão em alta e estimula o crescimento no plantio da segunda safra, avaliou o técnico.
A colheita de trigo da safra 2012 já está encerrada com uma produção de 2,12 milhões de toneladas. Segundo o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho, houve uma pequena quebra na produção, em torno de 5% em relação à previsão de safra inicial, mas o aumento na qualidade do grão e os bons preços praticados no mercado estão compensando o produtor.
A mandioca é outro produto cultivado no Paraná que passa por um bom momento na comercialização, com um aumento de 45% nos preços pagos ao produtor. No ano passado ele recebia R$ 244,00 a tonelada, e este ano está recebendo R$ 353,00 a tonelada da raiz. Segundo o economista Methódio Groxco, responsável pela cultura no Deral, o produtor de mandioca no Paraná está enfrentando um dilema que é a falta de mão de obra no campo.
Fonte: Agência Estadual de Notícias - Paraná