Os preços do trigo no mercado brasileiro tiveram a maior alta entre os grãos em abril, segundo informou a T&F Consultoria Agroeconômica. Nesse cenário, os preços do trigo tiveram alta de 12,68% no Rio Grande do Sul e 8,69% no Paraná, durante o mês de abril, destacando-se como as maiores altas entre os três principais grãos produzidos no país sendo que a soja terminou o mês com alta de 3,24% e o milho em queda forte de 19,44%.
“A falta de produto, tanto no Brasil e a forte alta do dólar, que teve uma elevação de 4,69% em abril foram as principais razões desta alta, que deve continuar, com o país fortemente dependente das importações, agora não mais da Argentina, cuja disponibilidade é zero para novos negócios, nem da Rússia, que deve suspender as exportações em maio, mas tão somente do Paraguai (para o Paraná e São Paulo) e dos Estados Unidos (para os moinhos de SP para cima), principalmente para suprir as necessidades do segundo semestre, entre julho e dezembro”, indica a consultoria.
De acordo com a T&F, “é certo que no final de agosto muito provavelmente haverá a colheita paranaense, mas ela só será aproveitada no final de setembro em diante, porque o trigo colhido precisa de um descanso de pelo menos 45 dias antes de ser usado, sob pena de perder parte de suas características”.
“Como mostramos em nossos comentários sobre os trigos importados abaixo, hoje o trigo paraguaio chega aos moinhos do Oeste do PR ao redor de R$ 1.245,00/t , contra R$ 1.410,00 do trigo argentino via barcaça e o trigo americano SEM TEC chegaria a São Paulo ao redor de R$ 1,585,00/t, contra R$ 1,529,00 do trigo argentino”, completa.
Fonte: Agrolink
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