21
jun
2013
Preços do trigo disparam na Argentina com aperto nos estoque
A redução no plantio e o tempo desfavorável na safra passada impulsionaram os preços do trigo argentino a máximas de todos os tempos, afetando exportações e fazendo com que indústrias argentinas se perguntem se terão estoques de farinha para atravessar o inverno no hemisfério sul.
Inundações no cinturão agrícola dos Pampas no final do ano passado, seguidas pelo clima excessivamente quente e seco, afetaram a qualidade dos grãos e reduziram a safra 2012/13 para 9 milhões de toneladas, contra 14,1 milhões na temporada anterior.
Essa quebra de safra apertou os estoques, levando o preço do trigo no armazém para 363 dólares por tonelada, contra 219 dólares no início do ano.
"Nós nunca vimos os preços do trigo neste patamar na Argentina", disse Leandro Pierbattisti, analista da indústria local.
Simultaneamente à quebra de safra, a demanda foi forte para trigo no país sul-americano.
O Brasil, maior importador do trigo argentino e que também teve sua safra prejudicada na temporada passada pelo mau tempo, manteve o ritmo das compras.
Os brasileiros importaram de janeiro a maio 2,3 milhões de toneladas do cereal da Argentina, volume praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do governo. E os moinhos do país tiveram que recorrer a outras origens, como o produto dos EUA e do Canadá.
O trigo argentino foi semeado em apenas 3,2 milhões de hectares no ano passado, abaixo da média histórica do país de 5 a 6 milhões, com produtores pouco estimulados a plantar o cereal.
"Os preços estão a nos dizer que a situação é muito apertada", disse Santiago del Solar, que administra milhares de hectares na província de Buenos Aires.
Além disso, a entressafra na Argentina pode ser mais longa do que o usual até a próxima colheita devido ao clima seco nas regiões do norte.
"Geralmente, a colheita começa no início de novembro, no norte do país. Costuma chover durante o verão no norte, mas este ano não, e pouco está sendo plantado lá", disse Solar. "Então nós vamos ter que esperar até dezembro para o trigo começar a ser colhido na região central."
As reservas de trigo na Argentina também são pequenas após permissões de exportação concedidas pelo governo com base em estimativas de safra excessivamente otimistas no início da safra.
O governo argentino disse que iria permitir a exportação de 6 milhões de toneladas de trigo em 2012/13. Mas o mau tempo afetou os rendimentos e levou o país a cortar sua cota exportável pela metade.
A Argentina precisa de 6,5 milhões de toneladas de trigo para uso doméstico, que inclui a fabricação de pão e outros alimentos básicos.
Produtores já começaram o plantio da safra 2013/14. Analistas estimam uma área de cerca de 4 milhões de hectares.
Inundações no cinturão agrícola dos Pampas no final do ano passado, seguidas pelo clima excessivamente quente e seco, afetaram a qualidade dos grãos e reduziram a safra 2012/13 para 9 milhões de toneladas, contra 14,1 milhões na temporada anterior.
Essa quebra de safra apertou os estoques, levando o preço do trigo no armazém para 363 dólares por tonelada, contra 219 dólares no início do ano.
"Nós nunca vimos os preços do trigo neste patamar na Argentina", disse Leandro Pierbattisti, analista da indústria local.
Simultaneamente à quebra de safra, a demanda foi forte para trigo no país sul-americano.
O Brasil, maior importador do trigo argentino e que também teve sua safra prejudicada na temporada passada pelo mau tempo, manteve o ritmo das compras.
Os brasileiros importaram de janeiro a maio 2,3 milhões de toneladas do cereal da Argentina, volume praticamente estável em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados do governo. E os moinhos do país tiveram que recorrer a outras origens, como o produto dos EUA e do Canadá.
O trigo argentino foi semeado em apenas 3,2 milhões de hectares no ano passado, abaixo da média histórica do país de 5 a 6 milhões, com produtores pouco estimulados a plantar o cereal.
"Os preços estão a nos dizer que a situação é muito apertada", disse Santiago del Solar, que administra milhares de hectares na província de Buenos Aires.
Além disso, a entressafra na Argentina pode ser mais longa do que o usual até a próxima colheita devido ao clima seco nas regiões do norte.
"Geralmente, a colheita começa no início de novembro, no norte do país. Costuma chover durante o verão no norte, mas este ano não, e pouco está sendo plantado lá", disse Solar. "Então nós vamos ter que esperar até dezembro para o trigo começar a ser colhido na região central."
As reservas de trigo na Argentina também são pequenas após permissões de exportação concedidas pelo governo com base em estimativas de safra excessivamente otimistas no início da safra.
O governo argentino disse que iria permitir a exportação de 6 milhões de toneladas de trigo em 2012/13. Mas o mau tempo afetou os rendimentos e levou o país a cortar sua cota exportável pela metade.
A Argentina precisa de 6,5 milhões de toneladas de trigo para uso doméstico, que inclui a fabricação de pão e outros alimentos básicos.
Produtores já começaram o plantio da safra 2013/14. Analistas estimam uma área de cerca de 4 milhões de hectares.
Fonte: Reuters