O Informativo Casa Rural, elaborado pelo Departamento de Economia do Sistema Famasul – Federação da Agricultura e Pecuária de MS, aponta que o preço médio para comercialização da saca de soja avançou 2,6% nos primeiros 10 dias de janeiro, alcançando a casa dos R$ 65 no Estado.
Segundo o analista econômico da instituição, Luiz Eliezer Gama, entre os fatores que colaboraram para a aparente estabilidade do preço estão câmbio, clima e mercado internacional. “Os produtores estão atentos à instabilidade econômica que começou com a pressão do mercado norte-americano, o clima na Argentina e até a queda na cotação do dólar. Este panorama, somado ao início da colheita no ciclo 2016/17, impacta diretamente no preço, que no mesmo período do ano passado estava 11% mais alto”, detalha.
Com relação à comercialização da safra 2015/16 da oleaginosa, os produtores sul-mato-grossenses fecharam o ano (dezembro de 2016) com 98,6% da colheita negociada no mercado. Sobre o atual ciclo, mantém-se a cautela no comércio antecipado, com 30,2% da produção estimada em 7,8 milhões de toneladas já comercializada.
Situação do milho – As adversidades climáticas em 2016 provocaram uma queda produtiva superior a 33% no ciclo 2015/16 do milho safrinha, fator determinante para os altos preços praticados no mercado que alcançaram o pico de R$ 50 por saca, em Dourados, por exemplo.
Neste primeiro decênio de 2017 o valor negociado da saca chegou a R$ 27,06 o que representa uma queda nominal de 7,5% no período, em relação ao ano passado. Com relação à colheita comercializada no ciclo 2016, os agricultores já negociaram 87,92%, ou 5,24 milhões de toneladas.
A Conab – Companhia Nacional de Abastecimento projeta um estoque para a safra de verão em 7,98 milhões de toneladas. As boas condições climáticas para a cultura devem provocar um crescimento de 7,3% na produtividade e a área plantada também aumentou e deve chegar a 5,5 milhões de hectares em nível nacional.