Maio começou com fortes altas de cerca de 15 centavos de Dólar nos principais vencimentos do mercado norte-americano de soja da Bolsa de Chicago (CBOT). O movimento de altas foi sustentado pelas chuvas intensas que caíram sobre as maiores regiões produtivas dos Estados Unidos neste final de semana, o que traz receios de atraso no plantio.
Segundo especialistas, a disparada se justifica porque esse mês é considerado chave para o avanço do plantio da soja nos Estados Unidos. Além disso, houve surpresa entre os participantes do mercado porque os modelos climáticos mais amplos não apontavam essa intensidade de precipitações para agora. Há inclusive, o temor de necessidade de replantio nas áreas tanto de soja como de milho na região do Corn Belt.
A previsão é que os investidores voltem à ponta compradora – o que poderia provocar novas altas nos preços das commodities. Se isso for confirmado, os contratos mais vendidos poderiam até mirar a recuperação do patamar dos US$ 10 por bushel.
Outro fator que dá sustentação às altas é a demanda internacional aquecida pela oleaginosa dos Estados Unidos. Os embarques seguem vindo acima das expectativas, o que leva a crer que os fundamentos seguem indicando viés altista para as próximas semanas.
Em função do feriado nacional do Dia do Trabalho, o mercado interno brasileiro da soja não operou nesta segunda-feira (1º.05). Por isso não foi possível medir a repercussão da disparada norte-americana no movimento doméstico. A partir desta terça-feira é que se terá uma noção mais concreta das altas no mercado dos EUA.
Fonte: Agrolink
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