29
set
2011
Pré-inoculação de sementes de soja não garante eficiência
Os produtores começam a se preparar para o cultivo da safra de soja que se inicia em final de setembro/início de outubro. Entre as práticas utilizadas para incrementar a produção está a fixação biológica do nitrogênio, processo que ocorre com a inoculação de bactérias denominadas rizóbios. No entanto, os pesquisadores da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) fazem um alerta para que os produtores não cultivem sementes de soja pré-inoculadas. “Apesar da inoculação prévia das sementes facilitar a operação de cultivo, temos observado problemas sérios de eficiência da tecnologia relacionados à pré-inoculação,” alerta a pesquisadora Mariangela Hungria.
Esta afirmação de que a sobrevivência das bactérias não foi aceitável em períodos superiores a 10 dias foi comprovada, a partir da análise de alguns produtos comerciais, na safra 2010/2011. “A situação fica ainda mais séria no caso de sementes tratadas com agrotóxicos e micronutrientes, com drástica redução no número de células de Bradyrhizobium. Nestas situações os benefícios da fixação biológica do nitrogênio podem ser perdidos”, ressalta Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os inoculantes para a soja devem possibilitar, no mínimo, 600 mil células por semente e, no caso de aplicação no sulco, seis vezes essa concentração. No entanto, ensaios conduzidos na Embrapa Soja evidenciam a diminuição drástica de células viáveis nas sementes como resultado da pré-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos aplicados nas sementes como resultado de pre-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos nas sementes. “Conduzimos ensaios de laboratório na Embrapa Soja, seguindo os protocolos oficiais do MAPA, cujos resultados evidenciam a diminuição de células viáveis”, afirma.
FBN na soja - Na safra 2010/11, a cultura da soja ocupou uma área de aproximadamente 24 milhões de hectares, o que representa aproximadamente 50% da área cultivada com grãos no País. Desse total, grande parte utiliza a fixação biológica do nitrogênio, tecnologia que dispensa a adubação nitrogenada na cultura da soja (resultando em uma economia estimada em US$ 6,6 bilhões anuais). Por outro lado, a reinoculação anual garante incrementos médios de 8% no rendimento de grãos.
Texto: Lebna Landgraf
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Esta afirmação de que a sobrevivência das bactérias não foi aceitável em períodos superiores a 10 dias foi comprovada, a partir da análise de alguns produtos comerciais, na safra 2010/2011. “A situação fica ainda mais séria no caso de sementes tratadas com agrotóxicos e micronutrientes, com drástica redução no número de células de Bradyrhizobium. Nestas situações os benefícios da fixação biológica do nitrogênio podem ser perdidos”, ressalta Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja.
De acordo com o Ministério da Agricultura, os inoculantes para a soja devem possibilitar, no mínimo, 600 mil células por semente e, no caso de aplicação no sulco, seis vezes essa concentração. No entanto, ensaios conduzidos na Embrapa Soja evidenciam a diminuição drástica de células viáveis nas sementes como resultado da pré-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos aplicados nas sementes como resultado de pre-inoculação e tratamento concomitante com alguns produtos químicos nas sementes. “Conduzimos ensaios de laboratório na Embrapa Soja, seguindo os protocolos oficiais do MAPA, cujos resultados evidenciam a diminuição de células viáveis”, afirma.
FBN na soja - Na safra 2010/11, a cultura da soja ocupou uma área de aproximadamente 24 milhões de hectares, o que representa aproximadamente 50% da área cultivada com grãos no País. Desse total, grande parte utiliza a fixação biológica do nitrogênio, tecnologia que dispensa a adubação nitrogenada na cultura da soja (resultando em uma economia estimada em US$ 6,6 bilhões anuais). Por outro lado, a reinoculação anual garante incrementos médios de 8% no rendimento de grãos.
Texto: Lebna Landgraf