08
out
2013
Praga agrícola faz pesquisadores do Brasil e da Argentina se unirem para combate-la
Rodrigo Maciel Meloni
Mais uma praga agrícola tem direto o sono de agricultores brasileiros e argentinos. O Wheat streak mosaic virus (WSMV), agente causal do mosaico estriado do trigo, e seu ácaro vetor Aceria tosichella, conhecido como ácaro do enrolamento do trigo, ampliou sua distribuição geográfica e diversidade de hospedeiros de tal forma que pesquisadores brasileiros e argentinos se uniram para avaliar a expansão e alternativas de manejo do ácaro e as viroses transmitidas na América do Sul.
Um grupo de especialistas de ambos os países esteve reunido na Embrapa Trigo na segunda quinzena de setembro também para discutir estratégias de combate. O ácaro Aceria tosichella Keifer (Prostigmata: Eriophyidae) afeta o cultivo de cereais em várias partes do mundo, como América do Norte, Europa, Ásia e Austrália. Na América do Sul, o primeiro registro do ácaro foi na Argentina em 2004, e detectado no Brasil pouco tempo depois, provavelmente disseminando-se através do vento ou via sementes contaminadas.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau, o potencial de impacto do problema no Brasil pode ser considerado alto, uma vez que a praga pode permanecer em várias gramíneas abundantes no país e a caracterização de cultivares de trigo brasileiras ainda não chegou a um genótipo com resistência satisfatória.
Contudo, por enquanto, as populações do ácaro encontradas em condições de campo no Brasil ainda são baixas, sendo difícil a detecção do WSMV. “No sul do Brasil, o desafio maior é fazer a correta diagnose, pois várias espécies de vírus presentes no ambiente também podem causar mosaico”, explica Lau por meio da assessoria da Embrapa Trigo.
O projeto “Monitoramento e diagnose do complexo Aceria tosichella e vírus transmitidos” é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Embrapa e o INTA que tem permitido monitorar o ácaro no Brasil e na Argentina sob os aspectos de distribuição geográfica, plantas hospedeiras, variabilidade genética das populações do vetor e dos vírus transmitidos, além do desenvolvimento de mapas de risco de epidemias.
“A resistência genética é uma das ferramentas mais importantes para manejar a praga. Neste sentido, os genótipos de trigo brasileiros, dos diferentes obtentores, têm sido avaliados visando determinar seu nível de resistência, em parceria com os materiais do INTA”, explica Douglas Lau.
Agente e ácaro vetor
O Wheat streak mosaic virus (WSMV), agente causal do mosaico estriado do trigo, e seu ácaro vetor Aceria tosichella, o ácaro do enrolamento do trigo, foram detectados pela primeira vez na Argentina, em 2002 e 2004 respectivamente. No Brasil, o ácaro foi relatado em 2006, limitado a quatro municípios do norte do Rio Grande do Sul. Hoje, o ácaro está no Noroeste do RS, Oeste de SC e Centro-Sul do PR.
Participou do encontro uma equipe multidisciplinar de pesquisadores (virologistas, acarologistas e melhoristas) da Embrapa Trigo, Cenargen, INTA-IPAVE, UPF, UFV, Biotrigo, CCGL-TEC, Coodetec e OR Sementes.
Mais uma praga agrícola tem direto o sono de agricultores brasileiros e argentinos. O Wheat streak mosaic virus (WSMV), agente causal do mosaico estriado do trigo, e seu ácaro vetor Aceria tosichella, conhecido como ácaro do enrolamento do trigo, ampliou sua distribuição geográfica e diversidade de hospedeiros de tal forma que pesquisadores brasileiros e argentinos se uniram para avaliar a expansão e alternativas de manejo do ácaro e as viroses transmitidas na América do Sul.
Um grupo de especialistas de ambos os países esteve reunido na Embrapa Trigo na segunda quinzena de setembro também para discutir estratégias de combate. O ácaro Aceria tosichella Keifer (Prostigmata: Eriophyidae) afeta o cultivo de cereais em várias partes do mundo, como América do Norte, Europa, Ásia e Austrália. Na América do Sul, o primeiro registro do ácaro foi na Argentina em 2004, e detectado no Brasil pouco tempo depois, provavelmente disseminando-se através do vento ou via sementes contaminadas.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Trigo, Douglas Lau, o potencial de impacto do problema no Brasil pode ser considerado alto, uma vez que a praga pode permanecer em várias gramíneas abundantes no país e a caracterização de cultivares de trigo brasileiras ainda não chegou a um genótipo com resistência satisfatória.
Contudo, por enquanto, as populações do ácaro encontradas em condições de campo no Brasil ainda são baixas, sendo difícil a detecção do WSMV. “No sul do Brasil, o desafio maior é fazer a correta diagnose, pois várias espécies de vírus presentes no ambiente também podem causar mosaico”, explica Lau por meio da assessoria da Embrapa Trigo.
O projeto “Monitoramento e diagnose do complexo Aceria tosichella e vírus transmitidos” é fruto de um acordo de cooperação técnica entre a Embrapa e o INTA que tem permitido monitorar o ácaro no Brasil e na Argentina sob os aspectos de distribuição geográfica, plantas hospedeiras, variabilidade genética das populações do vetor e dos vírus transmitidos, além do desenvolvimento de mapas de risco de epidemias.
“A resistência genética é uma das ferramentas mais importantes para manejar a praga. Neste sentido, os genótipos de trigo brasileiros, dos diferentes obtentores, têm sido avaliados visando determinar seu nível de resistência, em parceria com os materiais do INTA”, explica Douglas Lau.
Agente e ácaro vetor
O Wheat streak mosaic virus (WSMV), agente causal do mosaico estriado do trigo, e seu ácaro vetor Aceria tosichella, o ácaro do enrolamento do trigo, foram detectados pela primeira vez na Argentina, em 2002 e 2004 respectivamente. No Brasil, o ácaro foi relatado em 2006, limitado a quatro municípios do norte do Rio Grande do Sul. Hoje, o ácaro está no Noroeste do RS, Oeste de SC e Centro-Sul do PR.
Participou do encontro uma equipe multidisciplinar de pesquisadores (virologistas, acarologistas e melhoristas) da Embrapa Trigo, Cenargen, INTA-IPAVE, UPF, UFV, Biotrigo, CCGL-TEC, Coodetec e OR Sementes.
Fonte: AgroOlhar