Segundo dados divulgados nesta semana pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Agricultura do Estado, o Paraná já colheu 2% de sua área de soja nesta safra 2021/22. O percentual representa um adiantamento em relação ao ciclo passado, quando a colheita ainda não havia começado nesta época.
No entanto, conforme já divulgado pelo Portal Agrolink, as condições das lavouras pioram a cada semana em função da estiagem. As áreas de soja em condição considerada boa são 29%. No levantamento anterior o índice de lavouras boas somava 30%. Já as lavouras em condição média somam 37% e as consideradas ruins passaram de 31% para 34% em uma semana. No dia 20 de dezembro 57% das lavouras tinham boas condições e 13% estavam ruins.
Nas áreas já colhidas a produtividade é baixa. A AgRural aponta que, em alguns talhões no Paraná, as médias têm ficado entre 5 e 16 sacas por hectare, versus mais de 50 sacas estimadas para a média no Brasil. Na região de Maringá, por exemplo, o Deral aponta que as perdas na produção de soja chegam a 50%. No entanto, na avaliação do Sindicato Rural, os números atingem entre 70% a 80% de perda na média regional.
Segundo o presidente da entidade, José Antônio Borghi, sojicultor há mais de 50 anos, nunca houve uma estiagem dessa proporção e abrangência nesta época do ano, que tem afetado intensamente a produção agropecuária. Para ele será necessário amparo aos produtores.
Previsão de autoridades é que as perdas provocadas pela seca para soja e milho no Paraná tirarão R$ 20 bilhões de circulação da economia do estado. Na área da Coopavel, que abrange 23 municípios no Oeste e Sudoeste, o prejuízo aos produtores rurais na cultura da soja chegará a R$ 2,4 bilhões e no milho deverá superar os R$ 175 milhões.
Fonte: Agrolink
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