O relatório de acompanhamento semanal das culturas do Deral (Departamento de Economia Rural do Paraná) registra que o estado já plantou 92% dos 970 mil hectares projetados para a safra 2017/2018. Com relação ao estado geral das lavouras, 94% encontram-se em situação boa/excelente, 6% média e zero em situação ruim.
As fases das lavouras registram 7% em germinação, 77% em desenvolvimento vegetativo, 10% em floração e 6% em frutificação. Cerca de 5% da safra já foi comercializada, segundo o Deral. Já o relatório mensal sobre as safras de inverno o Deral registrou que a projeção de área plantada teve poucas alterações neste último mês, estando avaliada em 970 mil hectares. O número representa uma diminuição de 11% frente a área plantada no ano anterior.
Houve um incremento nos plantios realizados em abril, 12% da área total de 2017 foi semeada naquele mês, contra apenas 3% no ano anterior e 10% de média dos últimos anos. Contribuiu para a evolução mais rápida o tempo menos seco do que o observado ano passado. Também em maio houve uma aceleração expressiva dos plantios, concentrando no quinto mês do ano 58% da área do estado.
Devido ao bom andamento do plantio nestes dois meses, o trigo tinha em 31/05 71% de sua área projetada plantada, 11 pontos acima da média dos últimos 5 anos. Em junho, porém, a semeadura desacelerou. Chuvas recorrentes e com volumes expressivos dificultaram o plantio no estado, especialmente na região Sudoeste, bem como ocasionaram umidade excessiva nas lavouras implantadas do Oeste e do Norte.
“Apesar disto, nos últimos dias a umidade propiciada por estas chuvas tem sido benéfica para a retomada do plantio, que ainda está em níveis superiores a média. Observa-se cada vez mais a intenção dos produtores de antecipar o plantio e, consequentemente, a colheita do trigo, para ter tranquilidade para fazer os plantios de verão. Como de costume para esta época, as lavouras apresentam boas condições. Em termos gerais se espera um inverno com poucas anomalias de temperatura no Paraná, porém as precipitações devem superar a média. Esta situação, mesmo que não haja geadas, pode dificultar que se alcancem as produtividades recorde observadas em 2016”, observa da Consultoria Trigo & Farinhas.
“Com a diminuição da área plantada, também diminuiu a procura por sementes, gerando uma queda no custo. Além disso, a valorização do Real barateou o preço de fertilizantes e agrotóxicos. Agregados, estes três itens geraram uma economia de aproximadamente três Reais por saca para o triticultor, que está com um custo atual estimado em 37 reais por saca, em média. Apesar da redução dos custos, o preço recebido pela saca de trigo apresentou uma redução superior. A margem da triticultura está 16% negativa atualmente, sobre o custo variável. Neste mesmo período do ano passado os dados mostravam uma margem levemente positiva. Os valores recebidos pela saca também estão abaixo do mínimo estabelecido pela PGPM1”, conclui a T&F.
Fonte: Agrolink
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