“Entre as propostas está criação de um plano bianual para os cereais de inverno, por parte do governo federal, que ajudará o agricultor no planejamento da lavoura”, destaca Simioni.
Participaram da reunião da Câmara Setorial, realizada no dia 28, representantes de todos os segmentos da cadeia produtiva do trigo, do Sindtrigo, Apasem, Emater, Seab, Faep, Ocepar, Tecpar. “É preciso haver uma sintonia entre todos os elos da cadeia produtiva, para garantir uma boa produtividade e a manutenção dos produtores na atividade”, diz Ivo Carlos Arnts Filho, presidente da Câmara Setorial.
VARIEDADE CERTA
Para Ivo Carlos, é fundamental a regionalização do plantio do trigo para atender melhor às necessidades da indústria, devido às especificidades no uso do grão. “Diferente de outros cereais, para cada tipo de produto industrializado exige-se uma variedade específica”, explica ele.
O desejo do consumidor e o da indústria são duas questões que precisam ser consideradas na hora de o produtor escolher a variedade que vai plantar. “É preciso haver este diálogo entre o produtor e a indústria para garantir também a comercialização”, explica Ivo Carlos.
Segundo a Câmara Setorial, no Paraná cultiva-se um número muito grande de variedades, o que atrapalha na hora da armazenagem. “Temos ótimas cultivares, bastante produtivas, e o produtor precisa fazer a escolha de acordo com sua finalidade”, completa Ivo Carlos.
Um outro gargalo enfrentado no setor é a falta de armazéns nas regiões produtoras. Por isso, a câmara pede que a construção de novos espaços seja fomentada.
SAFRA ANUAL
A safra de 2016 está com mais de 3/4 da área colhida, devendo encerrar essa fase até dezembro. A produção paranaense deverá alcançar 3,27 milhões de toneladas e 30% já foram comercializados. O engenheiro agrônomo do Deral Carlos Hugo Godinho apresentou um panorama da cultura nos últimos anos, mostrando que embora a área de plantio tenha diminuído, a produtividade cresceu.
A colheita está revelando uma excelente produtividade no Paraná, em torno de 2.900 a 3.000 quilos por hectare, 23% acima da média do ano passado, que foi 2.500 quilos por hectare. “A única preocupação no momento é com as últimas chuvas, que podem prejudicar a qualidade dos grãos, pois a colheita vai até dezembro”, explica Godinho.
Fonte: Governo do Estado do Paraná
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