30
set
2011
PR deve colher 31,52 milhões de ton de grãos na safra 2010/11
A produção de grãos no Paraná na safra 2010/11 deve atingir 31,52 milhões de toneladas. A informação é do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, que divulgou nesta quinta-feira (29) balanço do volume colhido até o mês de setembro, que já projeta a colheita de trigo e milho da segunda safra, que está em fase final.
Segundo o Deral, os dados do levantamento permitem prever a consolidação dos números da atual safra, que terá um resultado inferior à produção de 2009/10, que teve o volume recorde de 32,82 milhões. A quebra é atribuída ao clima, mas as perdas dos produtores estão sendo compensadas pelos preços, que estão melhores que no ano anterior.
A pesquisa mostra que a safra recorde de soja, de 15,31 milhões de toneladas, foi o fator fundamental para o resultado final, correspondendo a quase a metade do volume de produção esperado para a safra 2011. O desempenho da produção de grãos 2010/11 foi frustrado a partir da segunda safra, quando a safrinha de milho e as lavouras de inverno sofreram com a estiagem seguida de geadas severas ocorridas entre maio e junho.
As perdas decorrentes do clima foram menos intensas do que se esperava para o milho da segunda safra. Para o trigo, porém, as perdas se agravaram. Conforme reavaliação do Deral, a previsão de quebra do milho da segunda safra, que era de 32%, caiu para 26%. Com isso, as perdas estimadas em 3 milhões de toneladas foram reduzidas para 2,17 milhões de toneladas, cerca de 820 mil toneladas de milho a mais que ficaram nas mãos dos produtores.
Com a reavaliação, a segunda safra de milho deverá apresentar um volume de 6,03 milhões de toneladas, com perda financeira avaliada em R$ 855 milhões. Antes os prejuízos previstos eram de R$ 1,1 bilhão. Segundo a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, o maior uso de tecnologia na produção, que levou ao plantio de híbridos com maior potencial de produtividade, foi fundamental na resistência aos efeitos das geadas.
Para o trigo, porém, a reavaliação feita em fim da colheita ampliou as perdas. O volume colhido deverá atingir 2,38 milhões de toneladas, cerca de 498 mil toneladas a menos do que o previsto. As perdas financeiras estão avaliadas atualmente em R$ 211,3 milhões de toneladas.
Apesar da quebra de produção, as cotações reagiram no mercado e estão compensando as perdas aos produtores. Segundo o Deral, o preço do milho está 42% acima dos preços praticados há um ano, o preço da soja está 17% acima que há um ano e os preços do trigo estão 3%, em média, acima dos preços praticados há um ano.
SAFRA 2011/12 - Para a safra 2011/2012, a pesquisa do Deral aponta para o aumento de 17% na área plantada de milho, redução na área ocupada com feijão da primeira safra e um leve decréscimo na área plantada de soja.
A área destinada ao plantio de milho deve evoluir de 769.834 hectares na safra passada para 901.720 hectares neste ano. Esse avanço revela o otimismo dos produtores com a cultura, cujos preços reagiram no mercado, justificou o diretor do Deral, Otmar Hubner. No plantio de feijão da primeira safra a área cai 18%, de 344.177 hectares e para 281.024 hectares, conforme intenção de plantio verificada junto aos produtores.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral, os produtores estão desanimados com os preços do produto que se mantiveram baixos desde o início do ano. O feijão carioca está com preço 24% abaixo do praticado há um ano, e o feijão preto 14% abaixo considerando o mesmo período.
Além da queda nos preços, os custos de produção cresceram 6,8% em relação à safra anterior. A combinação na queda no preço do feijão, o aumento no custo de produção e o preço competitivo do milho influenciaram a decisão do produtor em optar pelo milho, afirmou Salvador. Segundo ele, o mercado de feijão começa ensaiar uma reação, mas a decisão do produtor já está tomada.
A pesquisa do Deral revela que o plantio da safra de verão está adiantado em relação ao mesmo período do ano passado. A primeira safra de milho está com 46% da área plantada e o plantio de soja foi antecipado por causa de ajustes no zoneamento da soja autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Cerca de 4% da área prevista para o plantio, de 4,43 milhões de hectares, foram plantados em setembro, ao contrário de anos anteriores, quando o plantio se iniciava em outubro.
Os produtores estão satisfeitos com essa medida que foi solicitada pela Secretaria da Agricultura. Isso porque eles podem planejar melhor o plantio para todo o ano agrícola que envolve duas safras no Paraná: a de verão e de inverno. Com a antecipação no plantio de soja, a colheita será feita mais cedo e os produtores podem também antecipar o plantio do milho safrinha em 2012, procedimento que dá mais condições para escapar dos rigores das geadas.
Além disso, os produtores estão animados com a valorização do câmbio, o que aponta para boas perspectivas na comercialização da produção, informou Hubner.
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Segundo o Deral, os dados do levantamento permitem prever a consolidação dos números da atual safra, que terá um resultado inferior à produção de 2009/10, que teve o volume recorde de 32,82 milhões. A quebra é atribuída ao clima, mas as perdas dos produtores estão sendo compensadas pelos preços, que estão melhores que no ano anterior.
A pesquisa mostra que a safra recorde de soja, de 15,31 milhões de toneladas, foi o fator fundamental para o resultado final, correspondendo a quase a metade do volume de produção esperado para a safra 2011. O desempenho da produção de grãos 2010/11 foi frustrado a partir da segunda safra, quando a safrinha de milho e as lavouras de inverno sofreram com a estiagem seguida de geadas severas ocorridas entre maio e junho.
As perdas decorrentes do clima foram menos intensas do que se esperava para o milho da segunda safra. Para o trigo, porém, as perdas se agravaram. Conforme reavaliação do Deral, a previsão de quebra do milho da segunda safra, que era de 32%, caiu para 26%. Com isso, as perdas estimadas em 3 milhões de toneladas foram reduzidas para 2,17 milhões de toneladas, cerca de 820 mil toneladas de milho a mais que ficaram nas mãos dos produtores.
Com a reavaliação, a segunda safra de milho deverá apresentar um volume de 6,03 milhões de toneladas, com perda financeira avaliada em R$ 855 milhões. Antes os prejuízos previstos eram de R$ 1,1 bilhão. Segundo a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi, o maior uso de tecnologia na produção, que levou ao plantio de híbridos com maior potencial de produtividade, foi fundamental na resistência aos efeitos das geadas.
Para o trigo, porém, a reavaliação feita em fim da colheita ampliou as perdas. O volume colhido deverá atingir 2,38 milhões de toneladas, cerca de 498 mil toneladas a menos do que o previsto. As perdas financeiras estão avaliadas atualmente em R$ 211,3 milhões de toneladas.
Apesar da quebra de produção, as cotações reagiram no mercado e estão compensando as perdas aos produtores. Segundo o Deral, o preço do milho está 42% acima dos preços praticados há um ano, o preço da soja está 17% acima que há um ano e os preços do trigo estão 3%, em média, acima dos preços praticados há um ano.
SAFRA 2011/12 - Para a safra 2011/2012, a pesquisa do Deral aponta para o aumento de 17% na área plantada de milho, redução na área ocupada com feijão da primeira safra e um leve decréscimo na área plantada de soja.
A área destinada ao plantio de milho deve evoluir de 769.834 hectares na safra passada para 901.720 hectares neste ano. Esse avanço revela o otimismo dos produtores com a cultura, cujos preços reagiram no mercado, justificou o diretor do Deral, Otmar Hubner. No plantio de feijão da primeira safra a área cai 18%, de 344.177 hectares e para 281.024 hectares, conforme intenção de plantio verificada junto aos produtores.
De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, do Deral, os produtores estão desanimados com os preços do produto que se mantiveram baixos desde o início do ano. O feijão carioca está com preço 24% abaixo do praticado há um ano, e o feijão preto 14% abaixo considerando o mesmo período.
Além da queda nos preços, os custos de produção cresceram 6,8% em relação à safra anterior. A combinação na queda no preço do feijão, o aumento no custo de produção e o preço competitivo do milho influenciaram a decisão do produtor em optar pelo milho, afirmou Salvador. Segundo ele, o mercado de feijão começa ensaiar uma reação, mas a decisão do produtor já está tomada.
A pesquisa do Deral revela que o plantio da safra de verão está adiantado em relação ao mesmo período do ano passado. A primeira safra de milho está com 46% da área plantada e o plantio de soja foi antecipado por causa de ajustes no zoneamento da soja autorizados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Cerca de 4% da área prevista para o plantio, de 4,43 milhões de hectares, foram plantados em setembro, ao contrário de anos anteriores, quando o plantio se iniciava em outubro.
Os produtores estão satisfeitos com essa medida que foi solicitada pela Secretaria da Agricultura. Isso porque eles podem planejar melhor o plantio para todo o ano agrícola que envolve duas safras no Paraná: a de verão e de inverno. Com a antecipação no plantio de soja, a colheita será feita mais cedo e os produtores podem também antecipar o plantio do milho safrinha em 2012, procedimento que dá mais condições para escapar dos rigores das geadas.
Além disso, os produtores estão animados com a valorização do câmbio, o que aponta para boas perspectivas na comercialização da produção, informou Hubner.