23
set
2014
PR deve colher 17 milhões de t. de soja no verão
Fim do vazio sanitário dá início ao plantio da safra 2014/15; mesmo com preços baixos, cultura continua rentável
A semeadura da safra 2014/15 de soja já começou no Paraná. Para este ciclo, segundo estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a área plantada com a oleaginosa deve cobrir 5,04 milhões de hectares, 5% superior se comparado ao mesmo período do ano passado. Em produção, a previsão do Deral é de que sejam colhidas 17,14 milhões de toneladas do grão, 18% a mais em relação à temporada anterior.
Em termos de rendimento de área, a produtividade média esperada para o ciclo 2014/15 é de 3.339 quilos por hectare (kg/ha), contra 2.935 kg/ha contabilizado no período 2013/14. Ainda não há dados sobre a área já semeada até o momento, uma vez que o vazio sanitário, período em que não é permitido o plantio da oleaginosa, terminou no dia 15 de setembro. O objetivo do vazio é quebrar o ciclo biológico do agente que causa a ferrugem asiática.
Gilda Bozzi, economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), afirma que a área de soja cresceu sobre a área de milho, commodity que vem perdendo competitividade no mercado devido aos baixos preços. Para a soja, mesmo com registros de depreciação do valor no decorrer dos últimos meses, ainda continua rentável.
De acordo com dados do Deral, em agosto, o valor da saca de 60 quilos da oleaginosa fechou em R$ 56,11, ante R$ 56,40/sc registrado no mês anterior e R$ 59,85/sc contabilizado em agosto de 2013. O maior valor da commodity registrado neste ano foi em março, quando a saca chegou a ser negociada a R$ 63,36. Gilda avalia que o anúncio da safra de soja recorde nos Estados Unidos, estimada em 106 milhões de toneladas, poderá reduzir ainda mais o valor da oleaginosa devido ao aumento nos estoques internacionais.
Para que o produtor continue competitivo no mercado com o preço da soja pouco atrativo, a economista da Faep aponta que ele deverá investir na melhoria da administração das contas da propriedade, tentando reduzir principalmente os custos de produção. Além disso, a economista observa que apostar em tecnologias de ponta, com o foco no aumento da produtividade da área, também é uma saída. Com esse investimento, o agricultor acaba ganhando no volume. "Tem que investir para ganhar", completa a economista.
Em termos de comercialização, Gilda avalia que ainda é muito cedo para se falar no assunto, até porque ainda está sendo vendida a soja da safra passada. Segundo dados da Faep, até agora, 83% do grão do ciclo 2013/14 foi comercializado. E o restante, completa a economista, segue em ritmo lento de negociação devido aos baixos preços.
Ricardo Maia
A semeadura da safra 2014/15 de soja já começou no Paraná. Para este ciclo, segundo estimativa do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), a área plantada com a oleaginosa deve cobrir 5,04 milhões de hectares, 5% superior se comparado ao mesmo período do ano passado. Em produção, a previsão do Deral é de que sejam colhidas 17,14 milhões de toneladas do grão, 18% a mais em relação à temporada anterior.
Em termos de rendimento de área, a produtividade média esperada para o ciclo 2014/15 é de 3.339 quilos por hectare (kg/ha), contra 2.935 kg/ha contabilizado no período 2013/14. Ainda não há dados sobre a área já semeada até o momento, uma vez que o vazio sanitário, período em que não é permitido o plantio da oleaginosa, terminou no dia 15 de setembro. O objetivo do vazio é quebrar o ciclo biológico do agente que causa a ferrugem asiática.
Gilda Bozzi, economista da Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), afirma que a área de soja cresceu sobre a área de milho, commodity que vem perdendo competitividade no mercado devido aos baixos preços. Para a soja, mesmo com registros de depreciação do valor no decorrer dos últimos meses, ainda continua rentável.
De acordo com dados do Deral, em agosto, o valor da saca de 60 quilos da oleaginosa fechou em R$ 56,11, ante R$ 56,40/sc registrado no mês anterior e R$ 59,85/sc contabilizado em agosto de 2013. O maior valor da commodity registrado neste ano foi em março, quando a saca chegou a ser negociada a R$ 63,36. Gilda avalia que o anúncio da safra de soja recorde nos Estados Unidos, estimada em 106 milhões de toneladas, poderá reduzir ainda mais o valor da oleaginosa devido ao aumento nos estoques internacionais.
Para que o produtor continue competitivo no mercado com o preço da soja pouco atrativo, a economista da Faep aponta que ele deverá investir na melhoria da administração das contas da propriedade, tentando reduzir principalmente os custos de produção. Além disso, a economista observa que apostar em tecnologias de ponta, com o foco no aumento da produtividade da área, também é uma saída. Com esse investimento, o agricultor acaba ganhando no volume. "Tem que investir para ganhar", completa a economista.
Em termos de comercialização, Gilda avalia que ainda é muito cedo para se falar no assunto, até porque ainda está sendo vendida a soja da safra passada. Segundo dados da Faep, até agora, 83% do grão do ciclo 2013/14 foi comercializado. E o restante, completa a economista, segue em ritmo lento de negociação devido aos baixos preços.
Ricardo Maia
Fonte: Folha Web