Os preços do trigo no mercado físico continuaram neste mês de setembro a trajetória de alta dos meses de julho e agosto e fecharam setembro com níveis acima dos registrados há um mês.
No Estado do Paraná, que produz um pouco mais da metade do trigo do país, a alta acumulada em setembro foi de 6,1% em média, com continuidade do processo de valorização em todas as regiões produtoras do estado, em algumas com maior (18,5% de alta) e outras com menor percentual acumulado. Este cenário ocorre, assim como no resto do mundo, em meio a estoques elevados de trigo da safra passada e a colheita da safra 2010/11, que já chega a 67% da área esta semana.
Mesmo com este ápice de oferta, a grande demanda por parte dos moinhos e resistência dos produtores em barganhar preços mais baixos tem sustentado a valorização, sendo que trigo da nova safra com boa qualidade do grão tem conseguido preços de venda de até R$ 520,00/sc, oscilando até R$ 480,00 em muitos casos, o que ainda assim está bem acima dos R$ 23,00 registrados no período anterior à colheita que conseguia chegar no máximo a R$ 26,00/sc para grãos com características superiores de PH e força que pudessem servir às mesclas.
Em São Paulo, estado que produz um volume insignificante de trigo no cenário nacional, mas que possui uma característica bastante peculiar de contratos de compra e venda entre produtores e moinhos, a cotação média do trigo subiu 5,5% neste mês de setembro, registrando média de R$ 29,00/sc nas principais regiões produtoras. Já no Rio Grande do Sul a alta mensal acumulado foi de apenas 0,6% com preço no Mercado de Balcão fixado em R$ 21,71 e no Mercado de Lotes a R$ 440,00 ante R$ 435,00 registrando no mês de agosto, com de valorização 1,15% no período.
A expectativa é que a manutenção do atual ritmo de demanda por derivados de trigo mantenha os preços em elevação, ainda que fixando percentuais menores ao longo de outubro. Além disso, negócios específicos envolvendo procura específica por grãos de melhor força, estabilidade e cor também tendem a nivelar os preços por patamares mais altos nestes próximos meses.
Fonte: AF News - Notícias Agricola
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