02
dez
2024
Plantas daninhas na soja são desafio na safra

Devido à seca durante o período invernal, houve menor presença de plantas daninhas antes da semeadura da soja, o que criou uma falsa impressão de facilidade no controle. Muitos produtores optaram por uma aplicação única de herbicidas ao invés da dessecação em duas fases, a chamada dessecação sequencial. Esta decisão gerou resultados variáveis, com alguns casos de eficácia limitada. As informações são do pesquisador Fernando Adegas, da Embrapa Soja.

Na fase inicial da safra, houve relatos de fitotoxicidade na cultura da soja, causada pela utilização de herbicidas pré-emergentes e pós-emergentes. Adegas explica que sintomas como amarelamento e crescimento reduzido são comuns, especialmente em condições adversas, como aplicações mal realizadas ou chuvas intensas. Ele enfatiza a importância de os agricultores monitorarem esses sintomas e buscarem orientação técnica antes de tomar qualquer medida.

Por sua vez, o controle de plantas resistentes aos herbicidas é um dos principais desafios atuais no manejo de plantas daninhas. Adegas destaca que o uso excessivo de glifosato tem levado ao aumento de resistência de algumas espécies, como o capim-amargoso e a buva.

Para lidar com esse problema, ele recomenda manejo integrado que inclua, além dos herbicidas, a utilização de culturas de cobertura e palhada, contribuindo para a sustentabilidade da produção.

Adegas finalizou reforçando a importância do monitoramento constante. Segundo ele, plantas daninhas são um problema crescente e que pode comprometer tanto a rentabilidade da safra atual quanto das culturas subsequentes. Ele recomenda aos agricultores avaliarem continuamente suas lavouras, especialmente com a irregularidade das chuvas, para garantir um controle eficaz e evitar maiores problemas no futuro.

Mais informações sobre plantas daninhas podem ser obtidas clicando-se em:

Fonte: Revista Cultivar

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