07
jun
2018
Plano Safra 2018/19 ofertará 2,1% mais recursos, com juros menores

O governo brasileiro vai oferecer um total de 194,37 bilhões de reais para o Plano Safra 2018/19, superando em cerca de 2 por cento os 190,25 bilhões do ciclo anterior, enquanto as principais taxas de juros serão reduzidas em 1,5 ponto percentual.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença do presidente Michel Temer, do ministro da Agricultura, Blairo Maggi, dentre outras autoridades. Os recursos vieram em linha com o que o então secretário de Política Agrícola Neri Geller disse à Reuters no início de abril.

Conforme o Ministério da Agricultura, serão 191,1 bilhões de reais para custeio e investimentos, 2,6 bilhões para o apoio à comercialização (Aquisição do Governo Federal, contratos de opções, PEP e Pepro) e 600 milhões para subvenção ao seguro rural.

Para Maggi, os recursos podem permitir ao Brasil elevar a produção de grãos e oleaginosas para 250 milhões de toneladas no ciclo 2018/19, que se inicia oficialmente em 1º de julho, ante pouco mais de 230 milhões previstos para 2017/18.

Segundo o detalhamento apresentado pela pasta, as operações de custeio contarão com 151,1 bilhões de reais, dos quais 118,8 bilhões com juros controlados (taxas fixadas pelo governo) e 32,3 bilhões com taxas livres.

Os juros de custeio foram reduzidos para 6 por cento ao ano para os médios produtores (com renda bruta anual de até 2 milhões de reais) e para 7 por cento ao ano para os demais. Já as taxas para os financiamentos de investimento ficaram entre 5,25 por cento e 7,5 por cento ao ano —no Plano Safra 2017/18, as taxas variam de 6,5 a 8,5 por cento ao ano.

Parte dos recursos captados em Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs) será destinada ao financiamento complementar de custeio e de comercialização, com juros de até 8,5 por cento ao ano, segundo o ministério.

Para o presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, “o volume de recursos ficou praticamente igual ao volume pleiteado pela CNA”.

“As taxas de juros anunciadas estão coerentes com os nossos pleitos, levando em conta o cenário para a economia, incluindo as incertezas de mudanças do governo... O plano atende as prioridades dos produtores rurais brasileiros, que tiveram sua voz reconhecida.”

Fonte: Agrolink

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