As lavouras de trigo do Paraná, que estavam em fases suscetíveis a perdas por geadas nas principais regiões produtoras do Estado, aparentemente não sofreram danos relevantes em função do frio da última madrugada, de acordo com informações de cooperativas.
"A geada não foi tão intensa, e as perdas devem ocorrer em extensão pequena, nas áreas de baixadas", afirmou o gerente técnico e econômico da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná), Flávio Turra.
O Paraná é o principal produtor de trigo do Brasil, com colheita estimada pelo governo do Estado em 2,5 milhões de toneladas, pouco menos da metade da produção nacional, vista pelo Ministério da Agricultura em 5,4 milhões de toneladas.
Segundo o gerente, os produtores indicaram em conversas nesta manhã de quinta-feira uma preocupação menor, especialmente em relação ao sentimento verificado ao final de junho, quando o frio foi mais intenso e provocou uma quebra de 3 milhões de toneladas na lavoura de milho e de 300 mil toneladas para o trigo, segundo dados do governo.
"Geou no oeste e no centro-oeste (do Estado), mas a geada teve menor intensidade", disse Turra, acrescentando que no sul do Estado as geadas foram mais intensas, mas lá o número de lavouras em fase suscetível a perdas era menor.
Em Pato Branco (sul), por exemplo, somente 7 por cento da área plantada está em floração ou frutificação --fases em que o frio intenso causa perdas.
Já no oeste e no centro-oeste, onde o frio foi menos intenso, cerca de 80 por cento das lavouras estão em frutificação e floração em alguns municípios.
Os pés de café do Paraná passaram de forma segura pela noite fria, com temperaturas menos baixas que o esperado, informou a Somar Meteorologia.
Fonte: Ocepar - Reuters
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