Janeiro que é historicamente o mês mais chuvoso no Paraná, no entanto em janeiro de 2022 ocorreu pouca chuva em grande parte do Estado, com precipitações abaixo da média histórica. Nas localidades que superaram a média histórica, as chuvas foram mal distribuídas e de modo geral concentradas em poucos dias no final do mês, devido à entrada de um sistema de instabilidade atmosférica (frente fria). Em Londrina, por exemplo, a média histórica é de 233,9 mm e choveu somente 88,4 mm em janeiro/2022, sendo a grande maioria pancada de chuvas rápidas, localizadas e em baixo quantitativo, causada pelo aquecimento e umidade local. Foi a menor precipitação registrada nos últimos 30 anos no mês de janeiro em Londrina.
As chuvas registradas neste mês não foram suficientes para repor a água no solo em grande parte do Estado. As altas temperaturas, que provocam elevadas taxas de evaporação do solo, intensificaram o déficit hídrico, atingindo -65 mm no final do mês em algumas localidades. Somente o terço leste paranaense encerrou janeiro com disponibilidade hídrica positiva no solo.
Em decorrência da pouca precipitação, as temperaturas foram muito elevadas, com valores acima das médias históricas em praticamente todo o Estado. Em média, as temperaturas máximas no Paraná foi 1,5ºC acima do esperado. Em Salto Caxias, por exemplo, a média histórica das temperaturas máximas de janeiro é 31ºC e em janeiro de 2022 registrou 34,6ºC, ficando 3,6ºC acima do esperado para o mês. Em Palotina a média da temperatura máxima foi 35,8ºC, valor muito elevado quando comparado com a média histórica que é 32,4ºC.
A agricultura foi seriamente prejudicada em janeiro, principalmente as grandes culturas como a soja, milho e feijão, que estavam nas fases de florescimento e enchimento de grãos, demandando grande quantidade de água.
Soja/Milho/Feijão
Iniciou-se a colheita dessas culturas e, devido à estiagem que tem acometido o Paraná desde novembro, houve uma quebra drástica na produção. De acordo com a SEAB, a soja, por exemplo, teve uma quebra de safra de 39%.
Milho seguda safra
Em janeiro iniciou-se a semeadura do milho segunda safra em algumas regiões do Estado, no entanto a escassez de chuva e as altas temperaturas de janeiro foram desfavoráveis à cultura.
Mandioca
Tanto a colheita como as plantas que estavam se desenvolvendo no campo foram afetadas pela estiagem.
Hortaliças
O calor intenso de janeiro prejudicou o desenvolvimento das hortaliças, principalmente as folhosas. Houve necessidade de irrigação intensiva e consequentemente aumento dos custos de produção.
Frutíferas e Café
A estiagem prolongada afetou severamente o potencial produtivo das culturas perenes como frutíferas e café.
Pastagens
As pastagens também foram prejudicadas pela estiagem prologada. Houve redução na produção de massa verde e aumento dos custos com silagem na alimentação dos animais.
Fonte: Agrolink
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