Agricultores do Paraná não vão mais poder plantar duas safras seguidas de soja. A safrinha está proibida para evitar maior incidência de pragas e doenças. É o fim de um ciclo para os agricultores paranaenses. O novo calendário da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná prevê apenas um período de semeadura da soja: entre 16 de setembro e 31 de dezembro. Por isso, nada de plantar soja safrinha, que geralmente é semeada em janeiro.
O vazio sanitário da soja já é obrigatório atualmente em 10 estados e no Distrito Federal. Com a proibição da soja safrinha no Paraná, a Secretaria Estadual de Agricultura pretende reforçar o combate à principal doença que atinge a planta, a ferrugem asiática. Os pesquisadores acreditam que ela pode inviabilizar a cultura a médio prazo e, por isso, o objetivo é interromper o ciclo.
O agricultor que não fizer o controle adequado da ferrugem, a ponto da plantação se tornar um risco para outras propriedades, pode ter a lavoura interditada e destruída. Por enquanto, a safrinha de soja está saudável. Este ano, ela se despede do Paraná em boa fase, a área plantada é 23% maior que a do ano passado, 173 mil hectares, e a previsão é colher 364 mil toneladas do grão, um aumento de 19%.
Quem sempre aproveitou os bons frutos da safrinha de soja é Renato Martini. Já são mais de 10 anos apostando neste ciclo, mas agora os planos vão ter que mudar. “Economicamente é claro que a gente vai ter que investir em outras culturas, como o trigo e o milho”, conta. Entre os estados que mais produzem soja no país, o Rio Grande do Sul é o único que continua autorizando a segunda safra.
Fonte: Globo Rural
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