23
ago
2011
Paraná pode fornecer soja convencional para o Japão
O Japão enviou uma missão técnica ao Paraná para verificar a possibilidade de fornecimento de soja convencional para atender a demanda da indústria alimentícia daquele país. O Japão consome em torno de um milhão de toneladas de soja por ano somente com a produção de tofu e natto (soja fermentada naturalmente), base dos produtos utilizados na culinária japonesa.
Atualmente, 75% desse volume é importado dos Estados Unidos. Agora o Japão está prospectando outros mercados que atendam aos critérios exigidos no País, como coloração do grão, teor de proteínas e tamanho dos grãos. Um avanço na possibilidade de ser firmada uma relação comercial entre Japão e o Paraná vai depender do atendimento desses critérios.
A missão é constituída por Kunio Imai, vice-presidente do Sojitz Research Institute – vinculado ao Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão – e Ayako Hagino, analista da mesma instituição. Eles estiveram na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) nesta sexta-feira (19), quando foram recebidos pelo diretor do Departamento de Economia Rural, Otmar Hubner, e os técnicos Margorete Demarchi, do Deral, e Marcelo Silva, do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis).
No encontro, foram discutidos temas como tendências da produção e exportação de soja convencional e soja geneticamente modificada no Paraná, controle de pós-colheita, condições de armazenamento e a disponibilidade do Estado fornecer amostras de soja convencional. Os japoneses querem testar a capacidade de processamento dos grãos nos alimentos consumidos por eles.
O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil, com uma área plantada de 4,5 milhões de hectares e produção superior a 15 milhões de toneladas na última safa (201/11). Tradicionalmente o Estado exporta em torno de 45% de sua safra de soja, sendo que no ano repassou ao mercado externo 6,3 milhões de toneladas e este ano poderá atingir o mesmo volume em função dos bons resultados da produção. O restante é destinado às indústrias de esmagamento no mercado interno.
Para a próxima safra (2011/12) a estimativa é que 85% das sementes disponíveis no mercado serão de soja geneticamente modificada (OGM), o que leva à conclusão de que pelo menos 15% da soja plantada no Paraná será convencional.
Segundo Hubner, já existem cooperativas que estão se especializando no atendimento a mercados que demandam soja convencional e a principal delas é a Coamo, de Campo Mourão. “Outras cooperativas, como a Batavo e a Castrolanda, nos Campos Gerais, e a Agrárias, em Entre Rios, região de Guarapuava, também estão se especializando no fornecimento de soja convencional”, acrescentou.
Hubner lembrou aos japoneses que o produtor paranaense cultiva tanto a soja convencional quanto a transgênica. “Ele quer ser remunerado pelo que produz”, observou. “É claro que se houver interesse de mercado, o produtor vai plantar o que lhe compensar financeiramente”, acrescentou.
Segundo Marcelo Silva, do Defis, em função da restrição à exportação de soja geneticamente modificada pelo porto de Paranaguá, em anos anteriores, as cooperativas e as empresas exportadoras desenvolveram uma capacidade de segregação entre o grão convencional e o modificado geneticamente.
Segundo Silva, o Paraná tem um histórico institucional de certificação e rastreabilidade da semente de soja desenvolvido pelo Tecpar – Instituto de Tecnologia do Paraná – que é reconhecido internacionalmente. “A utilização de sementes de soja certificadas reflete na qualidade fitossanitária das lavouras”, destacou.
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Atualmente, 75% desse volume é importado dos Estados Unidos. Agora o Japão está prospectando outros mercados que atendam aos critérios exigidos no País, como coloração do grão, teor de proteínas e tamanho dos grãos. Um avanço na possibilidade de ser firmada uma relação comercial entre Japão e o Paraná vai depender do atendimento desses critérios.
A missão é constituída por Kunio Imai, vice-presidente do Sojitz Research Institute – vinculado ao Ministério da Agricultura, Floresta e Pesca do Japão – e Ayako Hagino, analista da mesma instituição. Eles estiveram na Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (Seab) nesta sexta-feira (19), quando foram recebidos pelo diretor do Departamento de Economia Rural, Otmar Hubner, e os técnicos Margorete Demarchi, do Deral, e Marcelo Silva, do Departamento de Fiscalização e Sanidade Agropecuária (Defis).
No encontro, foram discutidos temas como tendências da produção e exportação de soja convencional e soja geneticamente modificada no Paraná, controle de pós-colheita, condições de armazenamento e a disponibilidade do Estado fornecer amostras de soja convencional. Os japoneses querem testar a capacidade de processamento dos grãos nos alimentos consumidos por eles.
O Paraná é o segundo maior produtor de soja do Brasil, com uma área plantada de 4,5 milhões de hectares e produção superior a 15 milhões de toneladas na última safa (201/11). Tradicionalmente o Estado exporta em torno de 45% de sua safra de soja, sendo que no ano repassou ao mercado externo 6,3 milhões de toneladas e este ano poderá atingir o mesmo volume em função dos bons resultados da produção. O restante é destinado às indústrias de esmagamento no mercado interno.
Para a próxima safra (2011/12) a estimativa é que 85% das sementes disponíveis no mercado serão de soja geneticamente modificada (OGM), o que leva à conclusão de que pelo menos 15% da soja plantada no Paraná será convencional.
Segundo Hubner, já existem cooperativas que estão se especializando no atendimento a mercados que demandam soja convencional e a principal delas é a Coamo, de Campo Mourão. “Outras cooperativas, como a Batavo e a Castrolanda, nos Campos Gerais, e a Agrárias, em Entre Rios, região de Guarapuava, também estão se especializando no fornecimento de soja convencional”, acrescentou.
Hubner lembrou aos japoneses que o produtor paranaense cultiva tanto a soja convencional quanto a transgênica. “Ele quer ser remunerado pelo que produz”, observou. “É claro que se houver interesse de mercado, o produtor vai plantar o que lhe compensar financeiramente”, acrescentou.
Segundo Marcelo Silva, do Defis, em função da restrição à exportação de soja geneticamente modificada pelo porto de Paranaguá, em anos anteriores, as cooperativas e as empresas exportadoras desenvolveram uma capacidade de segregação entre o grão convencional e o modificado geneticamente.
Segundo Silva, o Paraná tem um histórico institucional de certificação e rastreabilidade da semente de soja desenvolvido pelo Tecpar – Instituto de Tecnologia do Paraná – que é reconhecido internacionalmente. “A utilização de sementes de soja certificadas reflete na qualidade fitossanitária das lavouras”, destacou.