A frente fria que provocou chuva em boa parte do Estado nos últimos dias era o motivo que os agricultores esperavam para intensificar a semeadura do trigo nesta segunda safra. Irineu Baptista, gerente da área técnica da cooperativa Integrada, explica que os produtores só estavam esperando a chuva para iniciar o plantio do cereal.

Prazo do zoneamento - Baptista observa que, mesmo um pouco atrasada, a semeadura do trigo ainda está dentro do prazo de zoneamento. Geralmente o início da safra acontece em meados de abril, mas a longa estiagem que atingiu o Estado nos últimos 30 dias impossibilitou muitos agricultores a colocarem as plantadeiras em campo.

Implantação - Porém, alguns agricultores não esperaram as chuvas e já iniciaram o plantio mesmo que no pó, a exemplo do produtor Américo Amano de Londrina. O cooperado iniciou o plantio há algumas semanas e deve terminar em breve a semeadura do cereal. Neste ciclo ele deve plantar 60 hectares com trigo, contra 120 hectares plantados no mesmo período do ano passado.

Preço do milho - A alta nos preços do milho resultou em uma redução na área de produção de Amano. Se tudo correr bem com a safra, o produtor espera colher 55 sacas por hectare do cereal. Ele se diz aliviado com a volta da chuva.

Qualidade - A área estimada para a semeadura do trigo nesta safra (2015/2016) é de 1,20 milhão de hectares, 11% inferior no comparativo ao mesmo período do ano passado, quando foram semeados 1,34 milhão de hectares, segundo dados do último levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).

Produção - Mesmo com a redução de área, a produção para este ciclo deverá ser 10% superior no comparativo com a safra anterior. Neste período, a produção está estimada em 3,6 milhões de toneladas, contra 3,27 milhões de toneladas computadas no ciclo 2014/15. Esses números, segundo Hugo Godinho, engenheiro agrônomo do Deral, devem ser revisados nas próximas semanas.

Excesso de chuva - Ele explica que o aumento da produção nesta safra em comparação com a anterior, mesmo com a redução de área, se deve ao excesso de chuva que atingiu o Estado no inverno de 2015 que prejudicou a produção do cereal. Neste ano, Godinho afirma que o clima deve contribuir para uma boa safra. 

 

Fonte: Ocepar

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