12
jun
2012
Paraná inicia nesta sexta-feira período de vazio sanitário da soja
Começa a vigorar no Paraná na próxima sexta-feira (15), prosseguindo até 15 de setembro, mais um período de vazio sanitário para o plantio de soja, durante o qual não deve haver nenhuma área plantada e nem restos de culturas em lavouras, estradas e carreadores. A medida é adotada pela Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento com a finalidade de evitar a proliferação do fungo da ferrugem asiática, que causa danos econômicos expressivos às lavouras. O desrespeito à norma pode ocasionar multa e outras sanções aos agricultores.

De acordo com o secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, o vazio sanitário da soja é adotado desde 1987 por recomendação da Embrapa Soja. O monitoramento e a fiscalização sobre o cumprimento da medida ficarão a cargo da Agência de Defesa Agropecuária (Adapar), empresa criada recentemente pelo governo do Estado para cuidar das ações de sanidade e fiscalização agropecuária.

Produtores rurais que não seguirem as normas poderão receber penalidades que vão da advertência até multa, variável entre R$ 50,00 a R$ 5 mil, conforme prevê a lei estadual 11.200/95, que dispõe sobre a definição e normas para a Defesa Sanitária Vegetal no Estado do Paraná. Também ficam sujeitos à interdição da propriedade agrícola e vedação do acesso ao crédito rural.

ELIMINAÇÃO – De acordo com a engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, da gerência de Sanidade Vegetal da Adapar, devem ser eliminadas até mesmo as plantas que crescem de forma voluntária.

Maria Celeste diz que nos últimos dois anos o clima tem sido desfavorável à proliferação do fungo durante a safra normal de soja, e poucos focos têm sido registrados. Em 2011, foram lavrados somente 47 autos de infração, correspondentes a uma área de 1.030 hectares em que os fiscais constataram a existência de plantas de soja durante o vazio sanitário. No ano anterior, a secretaria lavrou 134 autos de infração, que correspondiam a uma área de 4.236 hectares com a presença da planta.

A Adapar alerta que, havendo condições favoráveis à proliferação do fungo - altas temperaturas e umidade –, a doença pode se manifestar agressivamente e provocar perdas nas lavouras de soja, acarretando prejuízos aos produtores, cooperativas e indústrias que utilizam do grão como matéria-prima.

Maria Celeste diz que os agricultores devem tomar consciência da importância da medida e eliminar toda e qualquer planta viva de soja no período do vazio sanitário. Todas as medidas técnicas cabíveis e necessárias devem ser tomadas para que não existam plantas vivas de soja durante o período do vazio sanitário. “Plantas remanescentes no período provavelmente serão hospedeiras do fungo da ferrugem”, alerta Maria Celeste.

A DOENÇA – A ferrugem asiática é uma doença muito agressiva e reduz drasticamente a produção. Além disso, o produtor perde renda com a elevação dos custos de produção, já que se torna necessário aumentar o número de aplicações de fungicidas nas lavouras - medida que também causa prejuízos ao meio ambiente.

Fonte: Agência Estadual de Notícias
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