10
jun
2015
Paraná fecha safra verão com 22 milhões de toneladas de grãos
Enquanto os produtores paranaenses voltam seus olhos para a safra de inverno, o ciclo de verão se despede com resultados mais do que satisfatórios. O último relatório oficial da colheita de grãos referente ao ciclo 2014/15 apontou uma produção de 22,05 milhões de toneladas de grãos, 7% a mais se comparado ao mesmo período do ano passado, quando somou cerca de 20,6 milhões. O dado foi divulgado no final da semana passada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab).
Mais uma vez a soja foi o grão responsável pelo bom resultado em produção e produtividade da safra verão. Ao todo, o Paraná retirou de uma área plantada com a oleaginosa de 5,07 milhões de hectares, 16,87 milhões de toneladas, volume 16% superior sobre o mesmo período do ano passado, quando foram colhidas 14,59 milhões de toneladas.
Além do aumento de área destinada para a oleaginosa em 4% nesta safra no comparativo com a anterior, houve também um incremento no índice de produtividade das lavouras do grão no Estado. No atual ciclo de verão, o Deral registrou um rendimento de 3.326 quilos por hectare, contra 2.976 kg/ha contabilizado no período 2013/14.
A produção de milho fechou o último ciclo em queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram retirados das lavouras paranaenses 4,68 milhões de toneladas do cereal. Um dos motivos da queda de produção do grão foi a redução de 18% na área plantada. No período 2014/15 foram semeados 442,42 mil hectares, ante 665,08 mil hectares referente ao mesmo período do ano passado.
O feijão primeira safra também registrou uma queda significativa de produção no ciclo 2014/15. Ao todo, foram colhidos no período 323,98 mil toneladas, volume 19% inferior se comparado ao mesmo período da safra anterior. A queda da produção se deve à redução de também 19% da área plantada. Foram semeados no período 2014/15 192,96 mil hectares com feijão.
Marcelo Garrido, economista do Deral, afirma que essas duas últimas culturas têm migrado para a segunda safra, já que a soja possui maior liquidez em relação ao milho e feijão. "A soja tem o valor três vezes maior em relação ao milho", destaca.
Resultados
Otávio Dalogo, produtor na região de Maringá (Norte), está satisfeito com os resultados obtidos na safra verão. Em 372 hectares de área plantada com soja, ele colheu 54,16 sacas por hectare, índice semelhante ao recolhido no mesmo período do ano passado. Até o momento, 80% de sua safra já foi comercializada por meio da cooperativa à qual pertence.
No mesmo período do ano passado, Dalogo havia vendido em torno de 50% de sua produção. Como os preços dos insumos aumentaram, o agricultor conta que resolveu vender a safra mais rapidamente neste ano para pagar os produtos utilizados durante o ciclo. "Precisei vender mais para ter a mesma quantidade de ganho que tive no ano passado". Dalogo destaca que a remuneração neste ano está menor devido à queda nos preços das commodities.
PREÇOS
De acordo com o Deral, em maio, por exemplo, o preço da saca de soja pago ao produtor fechou em R$ 56,58, ante R$ 57,57/sc em abril e R$ 61,52 em maio de 2014. Robson Mafioletti, assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), afirma que o preço da soja caiu, mas ainda é razoável, o que significa que a commodity tem trazido um bom retorno para o agricultor.
Mafioletti afirma que a alta taxa cambial tem sido favorável à comercialização de soja, variando entre R$ 3,00 e R$ 3,10. Ele enfatiza que os preços das commodities daqui para frente vão depender da safra norte-americana que está em fase final de semeadura tanto para a soja, quanto para o milho. Em relação à condução da safra brasileira, Mafioletti destaca que o clima favorável para a produção agrícola, com temperaturas amenas e bom índice de chuvas nas principais regiões produtoras, ajudaram na obtenção de bons resultados. Hoje as cooperativas paranaenses são responsáveis pelo recebimento de 54% da produção de grãos do Paraná.
Ricardo Maia
Mais uma vez a soja foi o grão responsável pelo bom resultado em produção e produtividade da safra verão. Ao todo, o Paraná retirou de uma área plantada com a oleaginosa de 5,07 milhões de hectares, 16,87 milhões de toneladas, volume 16% superior sobre o mesmo período do ano passado, quando foram colhidas 14,59 milhões de toneladas.
Além do aumento de área destinada para a oleaginosa em 4% nesta safra no comparativo com a anterior, houve também um incremento no índice de produtividade das lavouras do grão no Estado. No atual ciclo de verão, o Deral registrou um rendimento de 3.326 quilos por hectare, contra 2.976 kg/ha contabilizado no período 2013/14.
A produção de milho fechou o último ciclo em queda de 14% em relação ao mesmo período do ano passado. Ao todo, foram retirados das lavouras paranaenses 4,68 milhões de toneladas do cereal. Um dos motivos da queda de produção do grão foi a redução de 18% na área plantada. No período 2014/15 foram semeados 442,42 mil hectares, ante 665,08 mil hectares referente ao mesmo período do ano passado.
O feijão primeira safra também registrou uma queda significativa de produção no ciclo 2014/15. Ao todo, foram colhidos no período 323,98 mil toneladas, volume 19% inferior se comparado ao mesmo período da safra anterior. A queda da produção se deve à redução de também 19% da área plantada. Foram semeados no período 2014/15 192,96 mil hectares com feijão.
Marcelo Garrido, economista do Deral, afirma que essas duas últimas culturas têm migrado para a segunda safra, já que a soja possui maior liquidez em relação ao milho e feijão. "A soja tem o valor três vezes maior em relação ao milho", destaca.
Resultados
Otávio Dalogo, produtor na região de Maringá (Norte), está satisfeito com os resultados obtidos na safra verão. Em 372 hectares de área plantada com soja, ele colheu 54,16 sacas por hectare, índice semelhante ao recolhido no mesmo período do ano passado. Até o momento, 80% de sua safra já foi comercializada por meio da cooperativa à qual pertence.
No mesmo período do ano passado, Dalogo havia vendido em torno de 50% de sua produção. Como os preços dos insumos aumentaram, o agricultor conta que resolveu vender a safra mais rapidamente neste ano para pagar os produtos utilizados durante o ciclo. "Precisei vender mais para ter a mesma quantidade de ganho que tive no ano passado". Dalogo destaca que a remuneração neste ano está menor devido à queda nos preços das commodities.
PREÇOS
De acordo com o Deral, em maio, por exemplo, o preço da saca de soja pago ao produtor fechou em R$ 56,58, ante R$ 57,57/sc em abril e R$ 61,52 em maio de 2014. Robson Mafioletti, assessor técnico e econômico da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), afirma que o preço da soja caiu, mas ainda é razoável, o que significa que a commodity tem trazido um bom retorno para o agricultor.
Mafioletti afirma que a alta taxa cambial tem sido favorável à comercialização de soja, variando entre R$ 3,00 e R$ 3,10. Ele enfatiza que os preços das commodities daqui para frente vão depender da safra norte-americana que está em fase final de semeadura tanto para a soja, quanto para o milho. Em relação à condução da safra brasileira, Mafioletti destaca que o clima favorável para a produção agrícola, com temperaturas amenas e bom índice de chuvas nas principais regiões produtoras, ajudaram na obtenção de bons resultados. Hoje as cooperativas paranaenses são responsáveis pelo recebimento de 54% da produção de grãos do Paraná.
Ricardo Maia
Fonte: Folha Web