24
jan
2022
Para onde vai o trigo?

“O mercado está andando lenta e implacavelmente para a direção apontada”, afirma o analista sênior da TF Agroeconômica, Luiz Pacheco: “Apesar de parecer que o mercado de trigo esteja muito estável no Paraná, ele está andando lenta, mas implacavelmente para a direção apontada desde que começamos a fazer os cálculos sobre a oferta & demanda por estado, no início de dezembro. Na época, apontamos que os R$ 1.600 negociados iriam evoluir para R$ 1.700 em janeiro, R$ 1.750 em fevereiro, R$ 1.800 em março, R$ 1.900 em abril e R$ 2.000 entre maio e julho”.

Por que o mercado patinou? “A demora dos preços em janeiro ocorreu devido a uma oferta ainda relativamente abundante para o mês e à disposição dos moinhos de aproveitarem ao máximo este nível de preços, porque sabiam que, depois, iriam subir muito”, diz o especialista.

“A causa desta evolução previsível dos preços é a falta de mercadoria nacional, que deverá acabar por volta de abril/maio no Paraná e já em março no Rio Grande do Sul. Este será o impulso maior dos preços que, a partir de então, serão regidos pela paridade de importação, mesmo que se trate de trigo local”, explica.

Por outro lado, destaca Pacheco, os moinhos estão fazendo o jogo correto: Tentando manter pressão sobre os preços da matéria-prima, mas aumentando mês a mês, os preços das farinhas. “Há dois motivos para isto: a) os preços das farinhas estavam 15%-20% defasado em relação à forte alta dos preços do trigo; b) é preciso “criar uma escada de preços” para ir adaptando a mente dos compradores aos grandes valores que estão por vir e que, talvez, leve a uma queda na demanda dos sub produtos finais, dependendo do modo como forem apresentados ao mercado consumidor”, conclui.

Fonte: Agrolink

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