A transformação tecnológica da agricultura deve ser impulsionada ainda mais depois da crise causada pela pandemia do novo coronavírus, a adesão dos softwares e das tecnologias da informação, informou Rafael Dal Molin, mestre em Computação Aplicada e Ciência da Computação na Universidade de Passo Fundo (UPF). De acordo com ele, a crise já está evidenciando a importância de se ter uma gestão eficiente e transparente para auxiliar nas tomadas de decisões.
“Ter uma estratégia para executar com segurança na hora de uma emergência minimiza os impactos no segmento para quem trabalha dentro ou fora do campo. Brasil. Somente no ano passado, o setor foi responsável por 21,4% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, de acordo com um levantamento feito pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)”, comenta ele.
Nesse cenário, ele explica que produtores e pecuaristas de todo o mundo estão enfrentando dificuldades para seguir com a rotina, “precisando não só adaptar o modo como realizam as vendas das mercadorias, mas também tentando encontrar uma forma para baixar os custos de produção e aumentar a produtividade diante desse cenário tão incerto”.
Em muitos lugres do País a quarentena obrigou as feiras de produtos agropecuários serem fechadas a fim de evitar a contaminação. “As feiras presenciais não deixarão de existir tão cedo, até por fazerem parte da cultura de diversos locais, mas é inevitável que a ferramenta vá ao encontro dos consumidores, que estão cada vez mais presentes no mundo digital, e ajude os produtores, que conseguem abastecer as prateleiras virtuais, gerar dados e fazer negócios de um jeito rápido e seguro”, indica.
“Considero que o mundo pós-coronavírus será muito mais preocupado com a questão sanitária, aspectos sobre origem e condições de alimentos, forma de preparação ou manuseio. A rastreabilidade da produção será intensificada tanto do ponto de vista legal quanto por exigências do próprio mercado daqui para frente. E só a transformação digital será capaz de impulsionar ainda mais o agronegócio no país”, conclui.
Fonte: Agrolink
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