09
abr
2010
Padrão do trigo muda em 2011
Foi batido o martelo nessa quinta-feira do novo padrão de classificação do trigo nacional. A expectativa é que a normativa com o texto construído por técnicos do Ministério da Agricultura, representantes de produtores, indústrias e órgãos de pesquisa seja editada dentro de 90 dias, período do trâmite legal. Apesar da pressão da indústria, as novas regras que elevam exigências qualitativas valerão somente a partir de 1º de julho de 2011. As modificações seriam aplicadas a partir desta safra mas, implicações como o fato do Paraná, maior produtor do grão no país, já ter iniciado a semeadura, determinaram a decisão do governo federal. Também ficou estipulado que haverá maior rigor na tipificação a partir de 2015.
Representantes de produtores e cooperativas gaúchas saíram satisfeitos com o período de transição, que deverá ser de muito trabalho para os que desejarem continuar a vender ao governo. Produtores terão de substituir variedades e as empresas recebedoras, como cooperativas, se reestruturar para as análises que passarão a ser cobradas em cinco anos. "A partir de agora teremos mais tempo para nos adequarmos ao padrão, a produzir o que o governo e a indústria querem" avaliou o presidente da Comissão de Trigo da Farsul, Hamilton Jardim.
O consultor Fecoagro, Ricardo Núncio, considerou que houve avanço significativo entre o texto final e a proposta porque houve a redução do teto mínimo para requisitos de qualidade como a força do glúten. Além disso, o número de queda, o chamado Falling Number, que mede a qualidade que terá a farinha advinda do grão, somente será considerado na tipificação daqui há cinco safras. Ainda assim, crê, a padronização ficou apertada por isso será decisivo o papel da pesquisa para o desenvolvimento de materiais adequados às condições de plantio de trigo pão no Estado.
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Representantes de produtores e cooperativas gaúchas saíram satisfeitos com o período de transição, que deverá ser de muito trabalho para os que desejarem continuar a vender ao governo. Produtores terão de substituir variedades e as empresas recebedoras, como cooperativas, se reestruturar para as análises que passarão a ser cobradas em cinco anos. "A partir de agora teremos mais tempo para nos adequarmos ao padrão, a produzir o que o governo e a indústria querem" avaliou o presidente da Comissão de Trigo da Farsul, Hamilton Jardim.
O consultor Fecoagro, Ricardo Núncio, considerou que houve avanço significativo entre o texto final e a proposta porque houve a redução do teto mínimo para requisitos de qualidade como a força do glúten. Além disso, o número de queda, o chamado Falling Number, que mede a qualidade que terá a farinha advinda do grão, somente será considerado na tipificação daqui há cinco safras. Ainda assim, crê, a padronização ficou apertada por isso será decisivo o papel da pesquisa para o desenvolvimento de materiais adequados às condições de plantio de trigo pão no Estado.
