Após uma sequência de meses com chuvas abaixo da média na maioria dos estados brasileiros, o mês de outubro fecha com saldo positivo nos registros de chuvas em praticamente todo país. Apesar disso, a distribuição desses volumes ainda segue irregular, mantendo volumes abaixo da média ainda em regiões críticas como no Rio Grande do Sul e norte do Mato Grosso.
No mapa abaixo observamos a distribuição dessas chuvas até o dia 31 de outubro. As áreas em azul representam registro acima da média para o período e as áreas em amarelo representam regiões com registros abaixo da média.
Nota-se que em pelo menos três estados, Acre, Rondônia e Rio Grande do Sul, o predomínio no mapa é da cor amarela, indicando chuvas abaixo da média para o período. E nesses estados a climatologia, isto é os volumes que seriam esperados no período, é acima dos 250 mm no RS, e entre 150 e 220 mm em Rondônia e Acre.
Já nos estados do Amazonas, Pará, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás é observado um padrão bastante irregular, indicando áreas com chuvas acima da média e abaixo da média, sobretudo na metade oeste do Amazonas, sul do Pará, norte do Mato Grosso e oeste do Mato Grosso do Sul, onde a ausência de chuvas foi mais pronunciada.
Em grande parte da região nordeste, as chuvas ficaram dentro da média ou levemente acima, com poucas localidades registrando chuvas abaixo da climatologia. No entanto, vale ressaltar que a climatologia da região é de baixos volumes, especialmente entre o norte do Piauí até o norte da Bahia, com localidades onde a média é abaixo dos 5 mm para o período.
Em todos os estados do sudeste até Santa Catarina, as chuvas foram volumosas, em especial no sul de Minas Gerais e Paraná. Em especial no Paraná os volumes chegaram na marca dos 656 mm, atingindo 479 mm acima da média ao noroeste do estado. Por outro lado, na região serrana de Santa Catarina os registros foram abaixo da expectativa para o período.
Este padrão de chuvas mais frequentes e volumosas no sudeste e metade norte da região sul fica evidenciado analisando os períodos consecutivos de chuvas. No mapa abaixo, quanto mais avermelhada a cor, maior foi o período seguido sem o registro de chuvas.
Na faixa noroeste/sudeste do país, saindo desde a região norte até a costa sudeste, temos um padrão de chuvas frequentes, com regiões onde as chuvas foram bem distribuídas resultando em curtos períodos de tempo seco.
Nas áreas do nordeste brasileiro, este padrão de predomínio de tempo seco fica mais perceptível, como é o caso da metade sul do Ceará e litoral do Piauí, com áreas que passaram praticamente todo o mês sem o registro de chuvas, porém sem impacto na média, visto que este é o comportamento esperado para a época do ano.
Sobre o norte do Mato Grosso, sul do Pará e oeste do Amazonas, as chuvas foram frequentes, mas com baixos volumes, seguindo características de pancadas passageiras, o que não resulta em chuvas volumosas.
A expectativa, de acordo com a projeção do modelo norte americano GFS, é de que as chuvas continuem abundantes sobre o país nos próximos 15 dias, concentrando os volumes sobre o MT, sul do PA, Matopiba e MG. No centro-sul, a projeção aponta para chuvas irregulares. E no nordeste do nordeste brasileiro, seguimos com chuvas escassas, mas dentro daquilo que é esperado para o período.
Fonte: Agrolink
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