Como já vem virando rotina nas quartas-feiras e quintas-feiras, foi divulgado ontem (05) o lançamento de mais três editais de leilões para venda de trigo dos estoques públicos do governo, desta vez a iniciativa foi mais radical, com a maior oferta desde o primeiro leilão realizado no último dia 13 de abril.
Serão ofertados neste leilão um volume total de aproximadamente 209,028 mil toneladas, quase a soma das quase 260 mil toneladas anteriormente oferecidas. A verdade é que o mercado moageiro já esperava estas novas incursões da Conab no mercado, pois o clima é de grande tranquilidade quanto ao abastecimento no Rio Grande do Sul, estado que apresentava grande procura e valorização da matéria-prima após as exportações recorde observadas neste início de ano.
Quanto à localização dos lotes a grande maioria se concentra justamente no Rio Grande do Sul, que responde por 53% do volume ofertado, equivalente a 111,348 mil toneladas. Seguido pelo Paraná que terá oferta de 20,8% (45,083 mil toneladas). O restante se concentra nos dois estados que menos arremataram lotes nos dois últimos eventos, São Paulo terá oferta de 13,95 mil toneladas e Mato Grosso do Sul 9%, e bem menos para Santa Catarina (0,98%).
Observando os estoques públicos do governo a oferta é bem significativa em quantidade, o volume ofertado para o Rio Grande do Sul responde por cerca de 21% do volume armazenado pelo poder público no Estado.
Santa Catarina que possui o menor volume ofertado, esta porcentagem seria de quase 10% do total estocado. Em eficiência de negócios, os leilões tem sido pouco efetivos nunca passando dos 35% de negociação, isto ocorre porque os preços pedidos por produto de safras anteriores, está nos níveis praticados do mercado.
Aguardamos para a próxima segunda-feira o que a Conab determinará de cotações para as toneladas. Tendo em vista que, no Estado do Paraná poderá ocorrer um leilão privado nos próximos meses, pois a comercialização da colheita da safrinha de milho, com o potencial de lucro obtido na cultura de verão, não será rápida, necessitando de espaços físicos nos armazéns para comercialização e armazenamento.
Fonte: AF News - Notícias Agrícolas
Volte para a Listagem