01
abr
2013
O que só a ExpoLondrina tem
Agropecuária é atração à parte em feira que mistura discussões técnicas com shows de música sertaneja
José Rocher
A melhor e mais completa feira agropecuária do Brasil. O slogan, usado pela Sociedade Rural do Paraná (SRP) para descrever a ExpoLondrina, desafia as principais feiras do país. Com público calculado em 470 mil visitantes em 2012 e faturamento de R$ 355 milhões, o evento vai além desses números, defende o presidente da SRP, Moacir Sgarioni.
“Existem feiras com faturamento superior e público aproximado, mas são eventos com focos bem mais específicos”, argumenta o pecuarista, que acompanhou pelo menos 40 edições da exposição de 53 anos. A Expointer, de Esteio (RS), divulga que seu público passa de 500 mil visitantes. Tanto a feira gaúcha quanto a Agrishow, de Ribeirão Preto (SP), sustentam ter faturamento três vezes maior, acima de R$ 1 bilhão.
Nenhuma dessas duas feiras, no entanto, apresenta shows de música sertaneja entre as atrações noturnas (são oito noites de shows e três de rodeio) ou abrange tantas cadeias produtivas em suas discussões técnicas, aponta a SRP. A ExpoLondrina chegou a atrair 450 pessoas em discussões sobre o Código Florestal, cita Sgarioni.
No ano passado, a feira mostrou a lideranças do estado e do país as contradições da cadeia do trigo num ciclo de redução na produção. Foi pautada também pela crise das cadeias da carne suína e de frango, que agora dão sinais de recuperação. A sanidade da pecuária vem pautando debates decisivos desde a crise da aftosa, em 2005. Entre os temas centrais deste ano estará a expansão da produção brasileira de soja e milho e os desafios da cafeicultura no Paraná.
“Neste ano, estamos expondo mais de 13 mil animais. São 1,1 mil expositores só da pecuária, de um total de 2,2 mil, incluindo os estandes de outros setores”, acrescenta o presidente da SRP. Na agenda técnica, são cerca de 60 oficinas e pelo menos 15 palestras. Indispensáveis para a pecuária, estão programados 20 leilões.
Sgarioni contesta o argumento de que são os shows sertanejos que levam o grande público à ExpoLondrina. Em sua avaliação, os animais fazem a diferença. “Há shows sertanejos que estiveram em Londrina há menos de um ano. De acordo com nossas pesquisas, 73% das pessoas vêm ao parque Ney Braga para ver os animais, porque suas raízes são ligadas ao campo. Nossa colonização é recente. É natural que elas tenham interesse pelos produtos do meio rural.”
Outro diferencial da ExpoLondrina é a preocupação com o ambiente, aponta. Aos moldes das feiras norte-americanas, a disposição das lixeiras e a contratação de zeladores consideram que uma pessoa anda com um papel na mão por no máximo 15 metros, tendendo a jogá-lo no chão logo em seguida, principalmente se observar algum lixo espalhado. Os dejetos dos animais são recolhidos e transformados em adubo para hortas comunitárias de Cambé.
Serviço:
Confira a programação completa em www.expolondrina2013.com.br.
José Rocher
A melhor e mais completa feira agropecuária do Brasil. O slogan, usado pela Sociedade Rural do Paraná (SRP) para descrever a ExpoLondrina, desafia as principais feiras do país. Com público calculado em 470 mil visitantes em 2012 e faturamento de R$ 355 milhões, o evento vai além desses números, defende o presidente da SRP, Moacir Sgarioni.
“Existem feiras com faturamento superior e público aproximado, mas são eventos com focos bem mais específicos”, argumenta o pecuarista, que acompanhou pelo menos 40 edições da exposição de 53 anos. A Expointer, de Esteio (RS), divulga que seu público passa de 500 mil visitantes. Tanto a feira gaúcha quanto a Agrishow, de Ribeirão Preto (SP), sustentam ter faturamento três vezes maior, acima de R$ 1 bilhão.
Nenhuma dessas duas feiras, no entanto, apresenta shows de música sertaneja entre as atrações noturnas (são oito noites de shows e três de rodeio) ou abrange tantas cadeias produtivas em suas discussões técnicas, aponta a SRP. A ExpoLondrina chegou a atrair 450 pessoas em discussões sobre o Código Florestal, cita Sgarioni.
No ano passado, a feira mostrou a lideranças do estado e do país as contradições da cadeia do trigo num ciclo de redução na produção. Foi pautada também pela crise das cadeias da carne suína e de frango, que agora dão sinais de recuperação. A sanidade da pecuária vem pautando debates decisivos desde a crise da aftosa, em 2005. Entre os temas centrais deste ano estará a expansão da produção brasileira de soja e milho e os desafios da cafeicultura no Paraná.
“Neste ano, estamos expondo mais de 13 mil animais. São 1,1 mil expositores só da pecuária, de um total de 2,2 mil, incluindo os estandes de outros setores”, acrescenta o presidente da SRP. Na agenda técnica, são cerca de 60 oficinas e pelo menos 15 palestras. Indispensáveis para a pecuária, estão programados 20 leilões.
Sgarioni contesta o argumento de que são os shows sertanejos que levam o grande público à ExpoLondrina. Em sua avaliação, os animais fazem a diferença. “Há shows sertanejos que estiveram em Londrina há menos de um ano. De acordo com nossas pesquisas, 73% das pessoas vêm ao parque Ney Braga para ver os animais, porque suas raízes são ligadas ao campo. Nossa colonização é recente. É natural que elas tenham interesse pelos produtos do meio rural.”
Outro diferencial da ExpoLondrina é a preocupação com o ambiente, aponta. Aos moldes das feiras norte-americanas, a disposição das lixeiras e a contratação de zeladores consideram que uma pessoa anda com um papel na mão por no máximo 15 metros, tendendo a jogá-lo no chão logo em seguida, principalmente se observar algum lixo espalhado. Os dejetos dos animais são recolhidos e transformados em adubo para hortas comunitárias de Cambé.
Serviço:
Confira a programação completa em www.expolondrina2013.com.br.
Fonte: Gazeta do Povo