A iminência de La Niña está no radar, porém, persiste uma considerável incerteza quanto ao início deste fenômeno climático, de acordo com a análise do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues. "Embora as projeções atuais nos ofereçam um panorama para os próximos seis meses, há um elevado grau de incerteza acerca das condições climáticas futuras. Conforme análises recentes, o cenário mais provável é que entremos no segundo semestre do ano de 2024 sob condições de neutralidade climática", afirma Rodrigues.
Quanto a projeção sobre as condições atmosféricas o meteorologista prevê que a tendência de resfriamento possa se manter. "Contudo, é importante destacar que a maioria das projeções aponta para um progressivo resfriamento das águas na região do Niño 3.4. Apesar de tais previsões estarem além do limite de projeção usual, é relevante notar que as condições atmosféricas não tendem a sofrer mudanças abruptas, mesmo nas projeções mais estendidas. Portanto, é plausível considerar que a tendência de resfriamento possa se manter", explica o especialista.
"Paralelamente, outras simulações climáticas não descartam a possibilidade de um ressurgimento do fenômeno El Niño, mesmo durante um período de neutralidade climática. Um precedente histórico para este fenômeno ocorreu com o El Niño de 1997, com o “repique” no aquecimento das águas do Pacífico Equatorial no final do outono, especialmente em maio", completa Rodrigues.
Fonte: Agrolink
Volte para a Listagem