De acordo com estimativas da T&F Consultoria Agroeconômica, novas altas consistentes da cotação da soja no Brasil só devem vir em Março ou Abril de 2018. “Se você não precisa de dinheiro e pode esperar até, digamos, os meses de março e abril do próximo ano (quando já estará em plena comercialização a próxima safra) é possível que os preços subam um pouco, devido aos prováveis problemas na Argentina e no Sul do Brasil”, explica o analista da T&F Luiz Fernando Pacheco.
De acordo com ele, porém, é “impossível prever o quanto irão subir”, sendo possível até que a alta não compense os custos (de armazenagem e financeiros) de segurar os lotes. “Ninguém sabe. O mercado é um cassino e vive de apostas. Só que este cassino tem alguns padrões que podem ser seguidos. E nós seguimos”, afirma.
“Mais do que olhar os preços, nossa recomendação é olhar os gráficos. Neste caso, os do Cepea que mostram a tendência dos preços do grão no interior do país (quatro dias seguidos de baixa) e nos portos (três dias de baixa) e os de Chicago (sete dias de queda), além de Dalian, na China, dois dias de queda seguida. No interior os preços oscilam cerca de R$ 0,50 para menos a cada dia. O que todo mundo quer saber é se há perspectiva de alta a curto ou médio prazos”, afirma a T&F.
Diante disso, o analista Luiz Fernando Pacheco sustenta que o fator determinante para a hora da venda é a “necessidade financeira”. “Se você precisa de dinheiro logo com o que não vendeu da safra 2016/2017, se apresse, porque os preços estão caindo e há uma grande disponibilidade mundial, porque a China está comprando mais do Brasil do que dos EUA (fazendo Chicago cair), porque os Fundos estão vendendo, enfim, uma porção de razões negativas a curto prazo”, diz ele.
Fonte: Agrolink
Volte para a Listagem