De acordo com a Consultoria Trigo & Farinhas, o plantio de trigo no Mercosul está se desenvolvendo dentro dos parâmetros das suas melhores safras. “A expectativa também é das melhores, tanto que alguns agricultores gaúchos e uruguaios decidiram mudar de ideia e aumentar a sua área, o que infelizmente não está acontecendo por falta de semente”, aponta a T&F.
Até o início desta semana o plantio de trigo tinha atingido 64% no Paraná, com 100% em condições boas/excelentes; o Paraguai atingiu 76%, com 96% em condições boas/excelentes; o Rio Grande do Sul chegou a 12%, com alguns problemas localizados de excesso hídrico; a Argentina chegou a 7,6% e o Uruguai começou a plantar, em condições boas, embora com uma redução de área de quase 30%.
“Mas, em termos de volume, o Rio Grande do Sul deverá produzir apenas o necessário para o seu próprio consumo, sem ter excedentes significativos, o mesmo acontecendo com o Paraguai e o Uruguai. O trigo produzido em Minas Gerais e em Goiás, que não atende 50% das necessidades dos seus moinhos, está sofrendo com a estiagem e deverá também produzir menos ainda nesta temporada”, projeta a consultoria.
“Em São Paulo, que também não produz o suficiente para atender ao seu parque moageiro, as safras por enquanto estão boas. Estas circunstâncias devem aumentar a procura pelo trigo do Paraná, mantendo elevadas as cotações”, conclui boletim assinado pelo analista sênior da Trigo & Farinhas, Luiz Carlos Pacheco.