25
mai
2011
No campo, agricultores paranaenses temem a estiagem
Luiz de Carvalho
Com um olho no verde da lavoura, outro no horizonte, torcendo para que apareçam nuvens no céu, uma consulta nas cotações agrícolas, outra na previsão do tempo. Esta tem sido a rotina dos produtores rurais paranaenses, que estão para colher uma das melhores safras de inverno dos últimos anos, mas correm o risco de uma grande quebra se não chover nos próximos dias.
A baixa umidade do solo pode comprometer a frutificação do milho safrinha e a granação do trigo, as duas culturas de inverno mais presentes na região. De acordo com os técnicos da Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar), a partir desta semana as duas culturas entram na fase mais importante depois do plantio e a presença da chuva é decisiva para o sucesso da colheita, que começa em 60 dias.
Atraídos com a possibilidade de bons preços, os produtores dos 30 municípios sob a jurisdição do Núcleo de Maringá da Secretaria da Agricultura aumentaram de 152 mil hectares do ano passado para 180 mil a área plantada com milho safrinha. No Estado, a área chegou a 1,657 milhão de hectares, 21% a mais do que no ano passado.
"Até aqui o clima contribuiu bastante para o desenvolvimento da lavoura, mas a partir de agora a falta de chuva se torna uma ameaça", diz o gerente de produção da Cocamar na unidade de Floresta, Frederico João Altrão.
Segundo ele, neste momento, tanto o milho quanto o trigo começam a fase de frutificação e precisam de umidade no solo. "Não tem chovido nas últimas semanas, mas como as temperaturas foram baixas a umidade perdurou até agora, mas se não voltarem as chuvas dentro de uma semana a frutificação e a granação serão prejudicadas."
Com experiência de muitos anos na lavoura e conhecendo bem o vai e vem do clima, os agricultores são mais pessimistas do que os técnicos.
"O prejuízo já está acontecendo e aumenta a cada dia", diz o produtor Miguel Beságio. "Se não chover dentro de 10 dias a situação se agrava", completa João Cláudio Peruzzi, que plantou 50 hectares com trigo e 200 com milho safrinha em uma propriedade entre a área urbana de Maringá e o distrito de Iguatemi.
Segundo os produtores, nas áreas de cabeceiras as plantas já ressentem da seca, a exemplo das que foram plantadas mais tarde.
Medida
120 sacas é a média da produção de milho safrinha esperada por hectare na região de Maringá
Com um olho no verde da lavoura, outro no horizonte, torcendo para que apareçam nuvens no céu, uma consulta nas cotações agrícolas, outra na previsão do tempo. Esta tem sido a rotina dos produtores rurais paranaenses, que estão para colher uma das melhores safras de inverno dos últimos anos, mas correm o risco de uma grande quebra se não chover nos próximos dias.
A baixa umidade do solo pode comprometer a frutificação do milho safrinha e a granação do trigo, as duas culturas de inverno mais presentes na região. De acordo com os técnicos da Cooperativa Agroindustrial de Maringá (Cocamar), a partir desta semana as duas culturas entram na fase mais importante depois do plantio e a presença da chuva é decisiva para o sucesso da colheita, que começa em 60 dias.
Atraídos com a possibilidade de bons preços, os produtores dos 30 municípios sob a jurisdição do Núcleo de Maringá da Secretaria da Agricultura aumentaram de 152 mil hectares do ano passado para 180 mil a área plantada com milho safrinha. No Estado, a área chegou a 1,657 milhão de hectares, 21% a mais do que no ano passado.
"Até aqui o clima contribuiu bastante para o desenvolvimento da lavoura, mas a partir de agora a falta de chuva se torna uma ameaça", diz o gerente de produção da Cocamar na unidade de Floresta, Frederico João Altrão.
Segundo ele, neste momento, tanto o milho quanto o trigo começam a fase de frutificação e precisam de umidade no solo. "Não tem chovido nas últimas semanas, mas como as temperaturas foram baixas a umidade perdurou até agora, mas se não voltarem as chuvas dentro de uma semana a frutificação e a granação serão prejudicadas."
Com experiência de muitos anos na lavoura e conhecendo bem o vai e vem do clima, os agricultores são mais pessimistas do que os técnicos.
"O prejuízo já está acontecendo e aumenta a cada dia", diz o produtor Miguel Beságio. "Se não chover dentro de 10 dias a situação se agrava", completa João Cláudio Peruzzi, que plantou 50 hectares com trigo e 200 com milho safrinha em uma propriedade entre a área urbana de Maringá e o distrito de Iguatemi.
Segundo os produtores, nas áreas de cabeceiras as plantas já ressentem da seca, a exemplo das que foram plantadas mais tarde.
Medida
120 sacas é a média da produção de milho safrinha esperada por hectare na região de Maringá
Fonte: O Diário de Maringá