19
nov
2011
MT e PR se destacam como maiores processadores de oleaginosas do país
Mato Grosso tem capacidade de processar 35,4 mil toneladas de soja por dia. Com este volume, o estado divide com o Paraná, cuja capacidade de processamento é de 35,7 mil toneladas/dia, a primeira posição do ranking nacional - cada um com 20% de representatividade no mercado nacional.

Seguindo essa tendência, as indústrias paranaenses e mato-grossenses são responsáveis por assegurar o montante processado em suas respectivas regiões. O Centro-Oeste, que tem capacidade de industrializar 67,5 mil toneladas de oleaginosas por dia segue logo atrás do Sudeste, com potencial de processamento diário de 69 mil toneladas/dia de soja. A média brasileira é de 173 mil toneladas/dia, de acordo com dados da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

O levantamento ainda mostra que do total processado em Mato Grosso, cerca de 30,9 mil toneladas/dias são de indústrias ativas. No Paraná o volume é de 33,7 mil toneladas/dia de empresas em funcionamento. Vale ressaltar que, no país, as indústrias com atividade paralisadas deixam de processar 15,6 mil toneladas de oleaginosa por dia - representando 9% da capacidade total de processamento da soja no Brasil. Neste caso, destaca-se o parque industrial de Mato Grosso, com potencial de industrialização estagnado em 4,5 mil toneladas/dia.

A pesquisa de capacidade instalada Abiove revela que o Brasil, segundo maior produtor mundial de soja e quarto processador, exporta mais soja em grãos do que produtos de maior valor agregado, como farelo e óleo. As exportações de matéria prima (soja) deverão exceder 31,5 milhões de toneladas em 2012, enquanto que o processamento para atender ao mercado interno e à exportação deverá se situar em 35,1 milhões de toneladas.

O crescimento da capacidade de processamento em 4% sinaliza uma frágil recuperação da indústria em 2012 para um patamar inferior a 2010. "Chega-se claramente à conclusão de que o País poderia desenvolver muito mais sua indústria de óleos vegetais, com mais agregação de valor às suas vendas externas e geração de empregos, localmente, por meio de um aperfeiçoamento da política tributária", afirma a Abiove.


Fonte: Agrodebate..

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