02
dez
2010
Monitoramento da soja é fundamental, dizem especialistas
Lagarta da soja e lagarta falsa medideira são duas das pragas com as quais os produtores rurais devem ficar atentos neste período de cultivo da soja. O pesquisador da Embrapa Agropecuária Oeste (Dourados, MS), Crébio José Ávila, lembra que as lagartas causam a desfolha das plantas de soja podendo levar à redução de produtividade.
Ele explica que, no manejo dessas pragas, é importante o uso de produtos eficientes no controle das lagartas e também seletivos, ou seja, que tenham baixa toxicidade para os inimigos naturais das pragas, garantindo assim a manutenção do equilíbrio biológico no agroecossistema da soja.
Depois das lagartas é preciso ficar atento à ocorrência de percevejos na lavoura, especialmente, o percevejo marrom da soja que suga as vagens e as sementes em formação, durante o estádio reprodutivo da cultura. Levando em consideração que o percevejo é a principal praga da soja, o pesquisador alerta que é necessário o monitoramento para a aplicação do inseticida no momento correto. “Para o controle do inseto, é interessante acrescentar sal de cozinha à calda inseticida, pois isso aumenta a eficiência de controle do produto químico”, orienta Crébio.
O pesquisador recomenda utilizar a concentração de 0,5% (500g de sal em 100 litros de calda) para equipamentos terrestres e 1,0% no uso de equipamentos aéreos. O sal não é volátil, portanto, não atrai os percevejos de áreas vizinhas.
Entretanto, o sal quando aplicado na mistura, afeta o comportamento dos percevejos, causando um efeito arrestante, isto é, aumenta o tempo de permanência do inseto sobre a superfície pulverizada. Isso faz com que os percevejos permaneçam mais tempo na área, contaminando-se com mais facilidade.
Os inseticidas recomendados tanto para o controle de lagartas, quanto de percevejos, estão disponíveis nos sistemas de produção de soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no endereço eletrônico http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Soja/SojaCentralBrasil2003/manejoi.htm
Pragas
A lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis, pode apresentar até quatro gerações, durante a safra. Para completar uma geração, passam por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. A fase larval é a mais importante pelo dano que pode causar às plantas.
As lagartas alimentam-se das folhas de soja podendo causar desfolhamento de até 100%. Quando o ataque é muito intenso, as lagartas assumem coloração preta, com listras brancas, atribuindo-se o fenômeno a uma modificação fisiológica causada pela competição por alimento.
As vistorias para avaliar a incidência da lagarta-da-soja coincidem com o ataque das mesmas às plantas, ou seja, durante a fase vegetativa e, em alguns casos, até durante a floração e fase de enchimento dos grãos.
No manejo, as lagartas devem ser controladas quando forem encontradas, em média, 40 lagartas grandes (igual ou maior que 1,5 cm) por pano-de-batida ou se a desfolha atingir 30% antes da floração e 15% tão logo apareçam as primeiras flores.
A aplicação preventiva de inseticidas (em mistura com dessecantes, herbicidas e fungicidas) não é recomendada, pois além do grave problema de poluição ambiental, a aplicação desnecessária pode aumentar o custo de produção.
Na escolha do inseticida deve-se levar em consideração a toxicidade, o efeito sobre inimigos naturais e o custo por hectare. Além disso, o mesmo ingrediente ativo não deve ser usado em duas aplicações sucessivas, visando prevenir o surgimento de resistência do inseto ao produto químico utilizado.
Já o percevejo é considerado a praga de maior importância para a cultura da soja. Por se alimentarem diretamente dos grãos, causam problemas sérios à soja, afetando o rendimento e a qualidade das sementes. A colonização das plantas de soja pelos percevejos se inicia em meados ou final do período vegetativo da cultura, ou logo após, durante a floração.
O monitoramento da lavoura deve ser realizado, no mínimo, uma vez por semana, a partir do início do desenvolvimento de vagens (fase de “canivetinho”) até a maturação fisiológica. O monitoramento deve ser intensificado nos períodos mais críticos ou quando ocorrer invasão de percevejos adultos provenientes de cultivares de ciclo mais curto.
O pesquisador explica que, em geral, cultivares precoces escapam dos danos dos percevejos. Porém, ao se multiplicarem nessas cultivares, dispersam para as cultivares mais tardias onde causam os maiores prejuízos. “A época de semeadura influencia a dinâmica populacional dos percevejos devendo-se evitar os plantios muito cedo, ou tardios, onde ocorrem as maiores concentrações desses insetos”, finaliza Crébio
Ele explica que, no manejo dessas pragas, é importante o uso de produtos eficientes no controle das lagartas e também seletivos, ou seja, que tenham baixa toxicidade para os inimigos naturais das pragas, garantindo assim a manutenção do equilíbrio biológico no agroecossistema da soja.
Depois das lagartas é preciso ficar atento à ocorrência de percevejos na lavoura, especialmente, o percevejo marrom da soja que suga as vagens e as sementes em formação, durante o estádio reprodutivo da cultura. Levando em consideração que o percevejo é a principal praga da soja, o pesquisador alerta que é necessário o monitoramento para a aplicação do inseticida no momento correto. “Para o controle do inseto, é interessante acrescentar sal de cozinha à calda inseticida, pois isso aumenta a eficiência de controle do produto químico”, orienta Crébio.
O pesquisador recomenda utilizar a concentração de 0,5% (500g de sal em 100 litros de calda) para equipamentos terrestres e 1,0% no uso de equipamentos aéreos. O sal não é volátil, portanto, não atrai os percevejos de áreas vizinhas.
Entretanto, o sal quando aplicado na mistura, afeta o comportamento dos percevejos, causando um efeito arrestante, isto é, aumenta o tempo de permanência do inseto sobre a superfície pulverizada. Isso faz com que os percevejos permaneçam mais tempo na área, contaminando-se com mais facilidade.
Os inseticidas recomendados tanto para o controle de lagartas, quanto de percevejos, estão disponíveis nos sistemas de produção de soja da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), no endereço eletrônico http://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Soja/SojaCentralBrasil2003/manejoi.htm
Pragas
A lagarta da soja, Anticarsia gemmatalis, pode apresentar até quatro gerações, durante a safra. Para completar uma geração, passam por quatro fases: ovo, larva, pupa e adulto. A fase larval é a mais importante pelo dano que pode causar às plantas.
As lagartas alimentam-se das folhas de soja podendo causar desfolhamento de até 100%. Quando o ataque é muito intenso, as lagartas assumem coloração preta, com listras brancas, atribuindo-se o fenômeno a uma modificação fisiológica causada pela competição por alimento.
As vistorias para avaliar a incidência da lagarta-da-soja coincidem com o ataque das mesmas às plantas, ou seja, durante a fase vegetativa e, em alguns casos, até durante a floração e fase de enchimento dos grãos.
No manejo, as lagartas devem ser controladas quando forem encontradas, em média, 40 lagartas grandes (igual ou maior que 1,5 cm) por pano-de-batida ou se a desfolha atingir 30% antes da floração e 15% tão logo apareçam as primeiras flores.
A aplicação preventiva de inseticidas (em mistura com dessecantes, herbicidas e fungicidas) não é recomendada, pois além do grave problema de poluição ambiental, a aplicação desnecessária pode aumentar o custo de produção.
Na escolha do inseticida deve-se levar em consideração a toxicidade, o efeito sobre inimigos naturais e o custo por hectare. Além disso, o mesmo ingrediente ativo não deve ser usado em duas aplicações sucessivas, visando prevenir o surgimento de resistência do inseto ao produto químico utilizado.
Já o percevejo é considerado a praga de maior importância para a cultura da soja. Por se alimentarem diretamente dos grãos, causam problemas sérios à soja, afetando o rendimento e a qualidade das sementes. A colonização das plantas de soja pelos percevejos se inicia em meados ou final do período vegetativo da cultura, ou logo após, durante a floração.
O monitoramento da lavoura deve ser realizado, no mínimo, uma vez por semana, a partir do início do desenvolvimento de vagens (fase de “canivetinho”) até a maturação fisiológica. O monitoramento deve ser intensificado nos períodos mais críticos ou quando ocorrer invasão de percevejos adultos provenientes de cultivares de ciclo mais curto.
O pesquisador explica que, em geral, cultivares precoces escapam dos danos dos percevejos. Porém, ao se multiplicarem nessas cultivares, dispersam para as cultivares mais tardias onde causam os maiores prejuízos. “A época de semeadura influencia a dinâmica populacional dos percevejos devendo-se evitar os plantios muito cedo, ou tardios, onde ocorrem as maiores concentrações desses insetos”, finaliza Crébio
Fonte: Midiamax