O mercado de milho na B3 de São Paulo voltou a fechar em forte alta, nesta quarta-feira, puxado pela queda do Real ante o Dólar e a retomada das exportações, aponta a Consultoria TF Agroeconômica. Com isto, a cotação de março fechou em alta de R$ 0,45 no dia, a R$ 88,12; a de maio avançou R$ 2,12 no dia, para R$ 91,01 e a de julho avançou R$ 2,99 no dia, para R$ 86,69.
“As novas máximas de R$ 91,10 atingidas pela cotação de maio de hoje confirma nosso objetivo, colocado em dezembro último, de que a cotação poderia chegar aos R$ 95,00/saca. Falta pouco, bem pouco e chegou muito perto antes do tempo”, destacam os analistas de mercado.
A equipe da TF Agroeconômica mantém “firme a indicação de alta, principalmente a médio e longo prazos, mesmo com o aumento da disponibilidade nos estados do Sul, com a colheita da safra de verão e dos washouts feitos com alguns lotes de exportação do RS, que estão fazendo as cotações andarem de lado, os fundamentos de longo prazo estejam ainda indicando viés de alta, pelos mesmos motivos já enunciados”. Confira:
a) pouca disponibilidade da safra atual, mesmo considerando a entrada da safra de verão nos estados do Sul (a prova é que os preços não caíram, apenas se mantiveram estáveis);
b) previsão de redução de área para esta safra, embora tenha havido aumento de produção devido à ocorrência de chuvas de última hora;
c) aumento da demanda interna com o aumento das exportações de franco (36,7%) e de suínos (40%);
d) Todos os produtos concorrentes do milho (farelo de soja, farelo de milho e o próprio trigo) continuam com preços muito elevados e também com viés de alta para o primeiro semestre de 2021.
“O único movimento contrário é o próprio nível do preço, que começa a fincar insustentável para os consumidores finais, principalmente de ovos e leite, que não podem repassar os ganhos cambiais das carnes”, concluem os analistas.
(106%).
Fonte: Agrolink
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