A estabilidade continua a ser a tônica do mercado doméstico de trigo, sem alterações significativas na última semana. Os produtores permanecem atentos ao clima e aos estágios finais de semeadura no Sul do país, ao mesmo tempo que iniciam os primeiros passos da colheita. As informações são da Conab.
No Rio Grande do Sul, a expectativa de intempéries climáticas levou os vendedores a reterem lotes de produtos, à espera de uma possível valorização caso se confirmem condições climáticas adversas. Até o momento, 90% da área destinada à lavoura foi plantada, com a maioria dos plantios (90%) em fase de desenvolvimento vegetativo, enquanto 10% estão em emergência.
No Paraná, a situação é mais adiantada, com 99% da área a ser plantada já semeada. Da área plantada, 3% estão em fase de germinação, 58% em desenvolvimento vegetativo, 24% em floração e 15% em enchimento de grãos.
Em termos de cotações, no Paraná, a média semanal ficou em R$ 67,50 por saca de 60 kg de trigo, um aumento semanal de 0,27%. No Rio Grande do Sul, a média semanal foi ligeiramente menor, a R$ 65,85 por saca, mas apresentou uma valorização maior, de 1,73%.
Já no mercado externo, o quadro é de maior volatilidade. A divulgação do novo quadro de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) revelou uma redução nos estoques finais globais, porém também indicou um aumento nas estimativas de produção e estoque final nos EUA. Isso exerceu uma pressão descendente sobre os preços.
Por outro lado, tensões geopolíticas, como novos ataques da Rússia e especulações de uma possível cessação de exportações pelo país, atuaram como fatores de valorização das cotações. No entanto, a média da semana, cotada a US$ 332,49 por tonelada, apresentou uma desvalorização semanal de 0,37%.
Fonte: Revista Cultivar.
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