A pesquisadora Mariangela Hungria recebeu, na noite do dia 31 de maio, o Prêmio FPA, outorgado pelo Instituto Pensar Agro e pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), durante a cerimônia de comemoração aos 10 Anos do Código Florestal, no Clube Naval, em Brasília-DF. Mariangela recebeu o prêmio de Personalidade do Ano, na categoria Acadêmica, do deputado Pedro Lupion, do partido Progressistas (PP), do Paraná. A diretoria executiva de Inovação e Tecnologia Adriana Regina Martin participou da solenidade de premiação. “Foi uma grande surpresa receber esse prêmio e me senti honrada por estar ao lado de outras personalidades importantes para o setor agropecuário”, destacou Mariangela.

O Prêmio FPA agraciou as seguintes personalidades: deputada federal Tereza Cristina (PP-MS), na categoria Personalidade do Ano; Pedro Rebelo, que representou o ex-deputado e relator do Código Florestal na Comissão Mista do Congresso Nacional, Aldo Rebelo, na categoria Atuação Política; deputado federal e presidente da FPA, Sérgio Souza (MDB-PR) como Parlamentar Destaque; a engenheira Mariângela Hungria, na categoria Acadêmica e os jornalistas Iuri Pitta, Rafael Walendorff e Paulo Saad, este, diretor do Grupo Bandeirantes, na categoria Imprensa.

Durante a cerimônia foram ressaltadas as parcerias fundamentais para o avanço das pautas que promovem o desenvolvimento sustentável do setor. A pesquisadora Mariangela foi premiada por sua contribuição científica aos avanços da cultura da soja, em especial, pelo desenvolvimento de tecnologias relacionadas à fixação biológica do nitrogênio (FBN) em soja. Esta tecnologia utiliza bactérias que retiram o nitrogênio da atmosfera e disponibilizam para a soja. Essa solução, somente na safra passada, gerou economias de cerca de R$ 38 bilhões em importações de adubos nitrogenados.

Durante a solenidade, Mariangela relatou que não teria sido possível chegar a esse resultado sem a legislação que regulamenta o uso de inoculantes no Brasil. “A legislação brasileira é modelo no mundo e precisamos que o legislativo continue promulgando leis que garantam a oferta de produtos de qualidade aos produtores”, ressaltou. Também disse ser necessário que se promulgue uma legislação sobre proteção intelectual e industrial dos microrganismos usados na agricultura. Outro ponto levantando foi quanto à necessidade de manutenção de financiamento público para pesquisa. “Gostaria de fazer um alerta de que a pesquisa pública brasileira precisa receber investimentos para continuar entregando resultados impactantes, a exemplo da FBN na soja, o sistema plantio direto e até mesmo a Integração Lavoura Pecuária Floresta (ILPF)”, afirmou.

Lembrando de sua trajetória de resiliência tanto na vida pessoal quanto profissional, Mariangela deixou ainda uma mensagem especial às mulheres para que persistam em seus projetos e que sejam inspiração para outras mulheres. “Quando ouvir muitos nãos, mostre que a vida pode ser um grande sim”, concluiu. Mais informações sobre a solenidade na Agência FPA