02
jun
2014
Lavouras de inverno devem crescer quase 100% no Paraná
No Paraná, as lavouras de grãos de inverno estão com bom desempenho e a estimativa aponta para um crescimento de 97% em relação à safra do ano passado. Estão sendo impulsionadas pela cultura do trigo, com previsão de crescimento de 111% em relação à anterior. Essas informações constam no acompanhamento mensal relativo ao mês de maio do Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, divulgado nesta quinta-feira (29).
Se essas estimativas forem concretizadas, o Paraná poderá colher 35,65 milhões de toneladas de grãos entre lavouras de verão, de inverno e segunda safra. Mas daqui para frente, tanto as lavouras de inverno como as de segunda safra, que ainda estão em campo, entram em fase de risco devido às incertezas do clima, alertou o chefe da conjuntura do Deral, Marcelo Garrido.
A previsão é de uma boa safra de inverno, sem a repetição de um inverno rigoroso como aconteceu no ano passado, que chegou a nevar e com três ocorrências severas de queda nas temperaturas, observou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho.
A safra de trigo poderá atingir 4 milhões de toneladas, alavancada pelo aumento de produtividade em relação à safra passada e também pelo aumento de área plantada que este ano foi de 32%, ocupando 1,32 milhão de hectares no Estado.
Cerca de 2% da área plantada está na fase de floração, bastante suscetível a geadas. A boa notícia, segundo Godinho, é que este ano está se configurando a corrente El Niño, característica de inverno mais úmido e menos rigoroso. No entanto, o maior volume de chuvas pode dificultar a colheita e derrubar os índices de produtividade previstos.
As demais lavouras de inverno como aveia branca e preta, canola, centeio, cevada e triticale estão em campo e todas sinalizando aumento na produção e produtividade. No ano passado foram colhidas 2,32 milhões de toneladas de grãos de inverno.
SEGUNDA SAFRA - Na segunda safra de grãos o destaque é o milho, que entra em fase de colheita. A previsão é que sejam colhidas 10 milhões de toneladas, uma pequena retração de 3% em função da perda de área plantada que foi de 12%. Este ano foram plantados 1,9 milhão de hectares com milho safrinha, e no ano passado o plantio ultrapassou a marca do 2 milhões de hectares.
De acordo com a engenheira agrônoma Juliana Tieme Yagushi, as lavouras estão com bom potencial produtivo, que pode garantir uma boa safra. Porém, o fator determinante é o clima, já que as lavouras entram agora em fase de risco. Havia um problema localizado no Norte Pioneiro devido à estiagem, mas que foi regularizado recentemente com o retorno das chuvas. Segundo a técnica, as lavouras de milho na região já estão se recuperando desse estresse.
SOJA - A expectativa para a segunda safra de soja, que apontava para uma colheita de 205 mil toneladas, foi reduzida para 196 mil toneladas devido à incidência de ferrugem que diminuiu a produtividade. Cerca de 37% da área plantada já está colhida e essa fase deve ser acelerada até o dia 15 de junho quando começa o vazio sanitário, onde não pode haver nenhuma planta de soja cultivada no Estado.
FEIJÃO - O feijão da segunda safra está com 46% da área plantada já colhida e apresenta uma quebra de 6% devido ao calor excessivo registrado no final de verão no momento do plantio. Depois as lavouras foram prejudicadas com queda de temperatura entre os meses de abril e maio, que prejudicou o desenvolvimento.
Mesmo assim, a safra esperada é de 454.929 toneladas, 34% acima da anterior que foi de 339.372 toneladas. De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, o que preocupa agora é a incidência das chuvas sobre as lavouras que estão em período de maturação e pode prejudicar a colheita com redução na qualidade e na produtividade esperada.
Segundo Salvador, além das chuvas os produtores estão enfrentando o drama da queda de preços na hora da comercialização. Por conta de um excesso de oferta no mercado, os preços do feijão caíram abaixo do preço mínimo no Paraná, principalmente o feijão de cor. A saca está sendo comercializada, em média, por R$ 75,80 a saca, bem abaixo do preço mínimo de R$ 95,00.
CAFÉ - O café também está em período de colheita e este ano a safra é 67% menor em relação à anterior, reflexo da redução de área plantada, geada ocorrida no ano passado e a diminuição dos tratos culturais em função dos baixos preços recebidos pelos cafeicultores nos últimos dois anos, disse o economista Paulo Cesar Franzini, do Deral.
A previsão de produção para 2014 foi ajustada para 520 a 570 mil sacas 60kg, volume 67% menor em comparação aos 1.650 mil sacas colhidas em 2013.
Se essas estimativas forem concretizadas, o Paraná poderá colher 35,65 milhões de toneladas de grãos entre lavouras de verão, de inverno e segunda safra. Mas daqui para frente, tanto as lavouras de inverno como as de segunda safra, que ainda estão em campo, entram em fase de risco devido às incertezas do clima, alertou o chefe da conjuntura do Deral, Marcelo Garrido.
A previsão é de uma boa safra de inverno, sem a repetição de um inverno rigoroso como aconteceu no ano passado, que chegou a nevar e com três ocorrências severas de queda nas temperaturas, observou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho.
A safra de trigo poderá atingir 4 milhões de toneladas, alavancada pelo aumento de produtividade em relação à safra passada e também pelo aumento de área plantada que este ano foi de 32%, ocupando 1,32 milhão de hectares no Estado.
Cerca de 2% da área plantada está na fase de floração, bastante suscetível a geadas. A boa notícia, segundo Godinho, é que este ano está se configurando a corrente El Niño, característica de inverno mais úmido e menos rigoroso. No entanto, o maior volume de chuvas pode dificultar a colheita e derrubar os índices de produtividade previstos.
As demais lavouras de inverno como aveia branca e preta, canola, centeio, cevada e triticale estão em campo e todas sinalizando aumento na produção e produtividade. No ano passado foram colhidas 2,32 milhões de toneladas de grãos de inverno.
SEGUNDA SAFRA - Na segunda safra de grãos o destaque é o milho, que entra em fase de colheita. A previsão é que sejam colhidas 10 milhões de toneladas, uma pequena retração de 3% em função da perda de área plantada que foi de 12%. Este ano foram plantados 1,9 milhão de hectares com milho safrinha, e no ano passado o plantio ultrapassou a marca do 2 milhões de hectares.
De acordo com a engenheira agrônoma Juliana Tieme Yagushi, as lavouras estão com bom potencial produtivo, que pode garantir uma boa safra. Porém, o fator determinante é o clima, já que as lavouras entram agora em fase de risco. Havia um problema localizado no Norte Pioneiro devido à estiagem, mas que foi regularizado recentemente com o retorno das chuvas. Segundo a técnica, as lavouras de milho na região já estão se recuperando desse estresse.
SOJA - A expectativa para a segunda safra de soja, que apontava para uma colheita de 205 mil toneladas, foi reduzida para 196 mil toneladas devido à incidência de ferrugem que diminuiu a produtividade. Cerca de 37% da área plantada já está colhida e essa fase deve ser acelerada até o dia 15 de junho quando começa o vazio sanitário, onde não pode haver nenhuma planta de soja cultivada no Estado.
FEIJÃO - O feijão da segunda safra está com 46% da área plantada já colhida e apresenta uma quebra de 6% devido ao calor excessivo registrado no final de verão no momento do plantio. Depois as lavouras foram prejudicadas com queda de temperatura entre os meses de abril e maio, que prejudicou o desenvolvimento.
Mesmo assim, a safra esperada é de 454.929 toneladas, 34% acima da anterior que foi de 339.372 toneladas. De acordo com o engenheiro agrônomo Carlos Alberto Salvador, o que preocupa agora é a incidência das chuvas sobre as lavouras que estão em período de maturação e pode prejudicar a colheita com redução na qualidade e na produtividade esperada.
Segundo Salvador, além das chuvas os produtores estão enfrentando o drama da queda de preços na hora da comercialização. Por conta de um excesso de oferta no mercado, os preços do feijão caíram abaixo do preço mínimo no Paraná, principalmente o feijão de cor. A saca está sendo comercializada, em média, por R$ 75,80 a saca, bem abaixo do preço mínimo de R$ 95,00.
CAFÉ - O café também está em período de colheita e este ano a safra é 67% menor em relação à anterior, reflexo da redução de área plantada, geada ocorrida no ano passado e a diminuição dos tratos culturais em função dos baixos preços recebidos pelos cafeicultores nos últimos dois anos, disse o economista Paulo Cesar Franzini, do Deral.
A previsão de produção para 2014 foi ajustada para 520 a 570 mil sacas 60kg, volume 67% menor em comparação aos 1.650 mil sacas colhidas em 2013.
Fonte: Agência Estadual de Notícias - Paraná