30
jun
2010
La Niña pode comprometer soja no mundo

 

Informações do instituto de meteorologia Telvent DTN Inc. afirmam que o efeito climático conhecido como La Niña pode prejudicar a produção de soja nos Estados Unidos, o maior exportador mundial, e na América do Sul com uma severa seca que pode acontecer entre agosto e fevereiro, podendo reduzir os rendimentos de produtividade.

O La Niña, caracterizado como um resfriamento mais do que o normal das temperaturas do mar no oceano Pacífico, pode mudar os padrões climáticos do mundo prejudicando o desenvolvimento das safras. O fenômeno pode gerar um clima mais úmido do que o normal na Ásia e uma incidência de chuvas menor do que o comum em algumas partes dos Estados Unidos, Argentina e no sul do Brasil.

“Se o La Niña aparecer em agosto pode contribuir para um dano à produção de soja reduzindo o tamanho da safra nos EUA, Brasil e Argentina”, afirma Bryce Anderson, chefe do departamento de meteorologia para agricultura da DTN.

As perdas na produção nos Estados Unidos, Argentina e Brasil – que correspondem por 82% da produção mundial – podem acabar resultando no recuo de até 13% nos preços da oleaginosa na Bolsa de Chicago.

O plantio da soja no Brasil, o segundo maior exportador mundial, pode ser atrasado por conta do clima seco causado pelo fenômeno climático, de acordo com a Somar Meteorologia.

O período crítico para a produção da soja acontece, geralmente, durante fevereiro nos países sul americano, e no começo de agosto nos EUA, quando as plantas estão mais suscetíveis ao calor e quando o clima mais seco esgota a umidade do solo.

No entanto, previsões apontam que a força do La Niña possa ser menos expressiva, o que poderia reduzir os danos à produção mundial, afirma o representante da DTN. “As coisas podem ser bem promissoras caso o fenômeno seja fraco. Mas, ninguém pode dizer com certeza quando o La Niña vai começar”, afirma.

A China também pode vivenciar o fenômeno climático, que deve trazer mais chuvas ao nordeste da nação asiática, impulsionando a produção nacional de soja.

Mercado - O mercado continua a monitorar as mudanças nos padrões climáticos e de preços por conta dos possíveis riscos de perdas na produção global, afirma Peter McGuire, diretor da CWA Global Markets. Com informações da Bloomberg.

Fonte: Boomberg - Zoonews - Tradução: Carla Mendes. Redação NA

Volte para a Listagem
whatsapp