O Bureau of Meteorology da Austrália afirmou nesta semana que está “chegando ao fim” a atual ocorrência do fenômeno climático La Niña. O padrão meteorológico, provocado pela diminuição da temperatura da superfície das águas do Oceano Pacífico Tropical Central e Oriental, está ligado a extremos climáticos em muitas das principais áreas de cultivo agrícola mundial.
“A maioria dos indicadores oceânicos” usados para monitorar as escalas que determinam os fenômenos “La Niña ou El Niño” estão “agora em níveis neutros”, disse a agência. O Bureau of Meteorology da Austrália, ressalva, no entanto, que há evidências de que alguns padrões atmosféricos evidenciam “a influência do La Niña provavelmente persistindo em abril”.
“Certamente, algumas áreas que foram afetadas pela estiagem relacionada com o fenômeno La Niña estão agora recebendo alívio. O cinturão de milho e soja da Argentina, por exemplo, está registrando precipitações, assim como as planícies ao sul dos Estados Unidos, onde as safras de trigo de inverno também lutam com a falta de umidade”, aponta a agência Agrimoney.
Uma questão para ser acompanhada agora, afirma o editor-chefe da Agrimoney, Mike Verdin, é se o fim do La Niña chegou a tempo de reanimar os rendimentos das lavouras: “Isso é mais provável nas planícies do sul do que na Argentina, onde as safras estão mais adiantadas. Enquanto isso, no sudeste da Ásia, uma redução das inundações, efeito ligado ao La Niña contra a qual as plantações têm lutado, aumentaria a produtividade do óleo de palma no final de 2021”.
Uma segunda questão a ser acompanhada, aponta o Bureau australiano, é que “em cerca de 40% das vezes anteriores do La Niña, os efeitos se fortaleceram no segundo ano”. Os meteorologistas acrescentam, porém, que “atualmente não há modelos que sugiram que La Niña retornará” no Hemisfério Norte.
Fonte: Agrolink
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