21
mai
2012
Investimento em produtos geneticamente modificados pode ser um negócio seguro
O uso de sementes geneticamente modificadas tem ganhado cada vez mais adeptos no Paraná. Atualmente, só a soja transgênica já corresponde por 85% da produção do Estado, mesmo índice registrado no uso da tecnologia em todo o Brasil. Nas lavouras de milho, a participação desses organismos é ainda maior, chegando a 87% com o uso da variedade Bt. A engenharia genética já é vista por boa parte dos produtores como positiva, principalmente no que se refere aos efeitos no aumento de produção, produtividade e qualidade de grãos, devido ao afastamento de ataques de algumas pragas e doenças. Além desses benefícios, os agricultores descobriram mais um motivo para adotar a tecnologia em suas propriedades: o bolso.

De acordo com uma pesquisa realizada entre os anos 2006 e 2010 pela consultoria Céleres, cujo objetivo era avaliar a rentabilidade do uso da engenharia genética na produção agrícola, para cada R$ 1 investido em tecnologia na cultura da soja, o produtor recebeu um retorno de R$ 1,59. Jorge Attie, um dos principais colaboradores da pesquisa, revela que esse resultado foi baseado em dados que verificaram uma redução dos custos de produção e também a elevação da produtividade das lavouras que utilizaram transgênicos. Também foi constatado a diminuição no uso de defensivos agrícolas. Attie conta que foram coletadas amostras de várias regiões do País, incluindo o Paraná.

No caso do milho, o resultado da pesquisa apontou que para cada R$ 1 investido, o produtor obteve um retorno de até R$ 2,61. O especialista explica que a rentabilidade do milho é maior porque sua modificação genética age diretamente nos agentes causadores de perdas, principalmente aos ataques da largata do cartucho. Além da redução de insetos, Attie comenta que a economia em defensivos também favoreceu o rendimento do produtor. No caso do algodão, a pesquisa verificou um resultado ainda mais surpreendente: para cada real investido, o retorno ao produtor foi de R$ 3,59, novamente motivado pela alta produtividade. Os investimentos de que fala a pesquisa estão relacionados basicamente à compra de sementes e mudas com novas tecnologia.

Ricardo Maia

Fonte: Folha Web
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