20
nov
2015
Indicador do El Niño atinge alta recorde e riscos climáticos aumentam

Um importante indicador da força do El Niño alcançou uma máxima recorde, afirmou a agência meteorológica dos Estados Unidos, dando mais um sinal de que um padrão climático conhecido por causar secas extremas, tempestades e enchentes poderá se tornar um dos mais fortes já vistos.

O El Niño se desenvolve pelo aquecimento das águas na superfície do oceano Pacífico e sua força é medida ao comparar quão alta suas temperaturas são em relação a uma média de três meses.

Na semana encerrada em 16 de novembro, as temperaturas na região central afetada do El Niño, que pega os dois lados do equador, estavam 3 graus Celsius acima da média, afirmou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica, a NOAA, no seu último boletim.

Essa foi a maior leitura já feita em registro que vai até 1990, declarou o vice-diretor do Centro de Previsão do Clima da NOAA, Mike Halpert, por e-mail. A leitura mais alta até então era 2,8 graus acima da média, feita em novembro de 1997.

No El Niño de 1997-98, chuvas fortes e enchentes resultaram em milhares de mortes, perdas de plantações e danos extensos à infraestrutura de Equador, Bolívia, Peru, Somália e Quênia. Na Indonésia, a seca relacionada ao fenômeno climático afetou plantações, e incêndios causaram danos ao meio ambiente.

As condições para que o El Niño ocorra normalmente alcançam o nível máximo entre outubro e janeiro, e então persistem por grande parte do primeiro trimestre.

Isso pode causar secas, ondas de calor e incêndios no sudeste da Ásia e Austrália, enquanto que no leste do Pacífico o fenômeno pode resultar em clima quente e chuvoso e enchentes.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) já disse que o El Niño deste ano é o maior em 15 anos e pode ganhar mais força.

Por causa das mudanças climáticas, ondas de calor podem ser ainda mais quentes e mais frequentes, e mais lugares podem ficar sob o risco de enchentes, disse o secretário-geral da organização, Michel Jarraud, na segunda-feira.

 

Fonte: Reuters
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