15
out
2014
Importação de trigo dos EUA pelo Brasil cairá drasticamente em 2015, diz Abitrigo
SÃO PAULO (Reuters) - As importações de trigo dos Estados Unidos pelo Brasil deverão cair de forma acentuada nos últimos meses deste ano e também em 2015, com uma maior oferta do produto brasileiro e também dos parceiros comerciais do Mercosul, avaliou nesta terça-feira a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo).
O Brasil, um dos maiores importadores globais de trigo, teve os Estados Unidos como o principal fornecedor para sua indústria de farinha em 2013 e também no acumulado de 2014 até setembro.
Desde o início do ano passado até agora, os moinhos locais importaram 5,5 milhões de toneladas do produto norte-americano, ou quase metade das compras totais do Brasil no período.
"(Agora) temos perspectivas de ver as necessidades atendidas no próprio Mercosul", afirmou a jornalistas o presidente da Abitrigo, Sergio Amaral, ao ser questionado sobre a expectativa de uma queda de compras do produto de fora do Mercosul no próximo ano.
Importações de trigo do Mercosul são feitas com isenção de uma tarifa de 10 por cento, o que resulta em menores custos para a indústria, enquanto compras extra bloco comercial pagam a chamada Tarifa Externa Comum (TEC), exceto quando o governo isenta os negócios da taxa com o objetivo de evitar impacto na inflação.
Foi o que aconteceu em compras de cerca de 4 milhões de toneladas de trigo dos EUA desde 2013, isentas da TEC. Neste ano, parte das compras teve incidência da tarifa, o que fez Amaral cobrar maior previsibilidade do governo sobre eventuais isenções.
GRANDE SAFRA
Após uma safra prejudicada por geadas em partes do país em 2013, o Brasil está em processo de colheita de uma produção recorde oficialmente estimada em 7,7 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 39 por cento na comparação com o ano passado, o que fez o presidente da Abitrigo praticamente descartar qualquer redução da tarifa em 2015.
"Não temos razões para acreditar que haja a necessidade de redução da TEC", afirmou, fiando-se na oferta do Mercosul e mesmo do Brasil.
A associação espera contar com uma maior colheita da Argentina, tradicionalmente o principal fornecedor ao Brasil.
Os argentinos deverão exportar, ao todo, na temporada 2014/15, mais de 6 milhões de toneladas, quase o triplo do volume exportado na safra anterior, segundo previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Além disso, a Abitrigo prevê importações pelo Brasil de 1 milhões de toneladas de trigo do Paraguai e outras 1 milhão de toneladas do Uruguai, que se somariam à oferta nacional para fazer frente ao consumo interno.
A demanda nacional está estimada pelo governo em pouco mais de 12 milhões de toneladas/ano, mas parte significativa do cereal produzido pelo Brasil não atende as especificações da indústria para a produção de farinha para panificação, o produto mais demandado no país.
Apesar da melhora na qualidade do trigo do Rio Grande do Sul nos últimos anos, conforme lembrou Amaral, a Abitrigo calcula que somente até 20 por cento da safra nacional seja de cereal com qualidade para farinha de panificação.
Além disso, a indústria muitas vezes tem que lidar com problemas de qualidade por chuvas na colheita, como acontece neste ano, o que reduz a oferta --a associação deu mais detalhes sobre o problema.
Em 2014, o Brasil deverá importar 5,5 milhões de toneladas de trigo, contra 6,6 milhões em 2013, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que ainda não realizou uma projeção para 2015.
Até setembro deste ano, as compras externas já somam 4,6 milhões de toneladas, com os EUA respondendo pela maior parte (2 milhões de toneladas), seguidos da Argentina (1,4 milhão), Uruguai (890 mil) e Canadá (230 mil).
O presidente da Abitrigo também evitou realizar uma estimativa de importações brasileiras do cereal para o ano que vem, embora tenha ressaltando a preferência por compras dentro do Mercosul.
O Brasil, um dos maiores importadores globais de trigo, teve os Estados Unidos como o principal fornecedor para sua indústria de farinha em 2013 e também no acumulado de 2014 até setembro.
Desde o início do ano passado até agora, os moinhos locais importaram 5,5 milhões de toneladas do produto norte-americano, ou quase metade das compras totais do Brasil no período.
"(Agora) temos perspectivas de ver as necessidades atendidas no próprio Mercosul", afirmou a jornalistas o presidente da Abitrigo, Sergio Amaral, ao ser questionado sobre a expectativa de uma queda de compras do produto de fora do Mercosul no próximo ano.
Importações de trigo do Mercosul são feitas com isenção de uma tarifa de 10 por cento, o que resulta em menores custos para a indústria, enquanto compras extra bloco comercial pagam a chamada Tarifa Externa Comum (TEC), exceto quando o governo isenta os negócios da taxa com o objetivo de evitar impacto na inflação.
Foi o que aconteceu em compras de cerca de 4 milhões de toneladas de trigo dos EUA desde 2013, isentas da TEC. Neste ano, parte das compras teve incidência da tarifa, o que fez Amaral cobrar maior previsibilidade do governo sobre eventuais isenções.
GRANDE SAFRA
Após uma safra prejudicada por geadas em partes do país em 2013, o Brasil está em processo de colheita de uma produção recorde oficialmente estimada em 7,7 milhões de toneladas. O volume representa um crescimento de 39 por cento na comparação com o ano passado, o que fez o presidente da Abitrigo praticamente descartar qualquer redução da tarifa em 2015.
"Não temos razões para acreditar que haja a necessidade de redução da TEC", afirmou, fiando-se na oferta do Mercosul e mesmo do Brasil.
A associação espera contar com uma maior colheita da Argentina, tradicionalmente o principal fornecedor ao Brasil.
Os argentinos deverão exportar, ao todo, na temporada 2014/15, mais de 6 milhões de toneladas, quase o triplo do volume exportado na safra anterior, segundo previsão do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Além disso, a Abitrigo prevê importações pelo Brasil de 1 milhões de toneladas de trigo do Paraguai e outras 1 milhão de toneladas do Uruguai, que se somariam à oferta nacional para fazer frente ao consumo interno.
A demanda nacional está estimada pelo governo em pouco mais de 12 milhões de toneladas/ano, mas parte significativa do cereal produzido pelo Brasil não atende as especificações da indústria para a produção de farinha para panificação, o produto mais demandado no país.
Apesar da melhora na qualidade do trigo do Rio Grande do Sul nos últimos anos, conforme lembrou Amaral, a Abitrigo calcula que somente até 20 por cento da safra nacional seja de cereal com qualidade para farinha de panificação.
Além disso, a indústria muitas vezes tem que lidar com problemas de qualidade por chuvas na colheita, como acontece neste ano, o que reduz a oferta --a associação deu mais detalhes sobre o problema.
Em 2014, o Brasil deverá importar 5,5 milhões de toneladas de trigo, contra 6,6 milhões em 2013, segundo previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que ainda não realizou uma projeção para 2015.
Até setembro deste ano, as compras externas já somam 4,6 milhões de toneladas, com os EUA respondendo pela maior parte (2 milhões de toneladas), seguidos da Argentina (1,4 milhão), Uruguai (890 mil) e Canadá (230 mil).
O presidente da Abitrigo também evitou realizar uma estimativa de importações brasileiras do cereal para o ano que vem, embora tenha ressaltando a preferência por compras dentro do Mercosul.
Fonte: Reuters